O presidente da Câmara de Máquinas Agrícolas da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Pedro Estevão, considerou “altamente positiva” a destinação pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) de R$ 200 milhões para complementar o Plano Safra 2022/2023. Segundo ele, a entidade ainda deve analisar os detalhes da operação, mas comemora a novidade. “Temos que reconhecer a sensibilidade do governo com esta demanda do agronegócio”, disse ele.

Na última semana, em reunião na Frente Parlamentar da Agropecuária, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, havia dito que o governo estava “em vias de” anunciar a suplementação de recursos. No entanto, a proposta estudada entre os Ministérios da Agricultura e da Fazenda era de R$ 1,030 bilhão para a equalização do atual Plano Safra, que se encerra em 30 de junho. A cifra vinha sendo negociada entre Fávaro e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desde o início de março.

O montante anunciado hoje, de R$ 200 milhões, deve permitir a equalização de aproximadamente R$ 8,4 bilhões para aplicação imediata nos programas de financiamento do Moderfrota, em irrigação, em pré-custeio e custeio, e demais investimentos, segundo o ministério. A adição ao plano era uma frequente requisição do setor e diversos executivos do segmentos mencionaram o “vai-não-vai” da suplementação durante a principal feira de tecnologia agrícola do País, a Agrishow, que ocorreu na última semana em Ribeirão Preto (SP).

Ontem, em coletiva de imprensa para apresentação dos resultados da Agrishow, o presidente do Conselho de Administração da Abimaq, Gino Paulucci, afirmou que o adicional deveria ser anunciado “em horas ou logo no começo da (próxima) semana”. Paulucci disse que o fato de o anúncio não ter ocorrido durante a feira não atrapalhou os negócios. Segundo ele, os agricultores não deixaram de fazer pedidos aos bancos e, com um adicional do Plano Safra, esperava-se que esses negócios prospectados se tornassem viáveis.