17/10/2025 - 15:51
São Paulo, 17 – A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) comemorou em comunicado o anúncio do Ministério da Agricultura e Pecuária sobre a autorização do Brasil para exportação de ovos-produto ao mercado de Cingapura. “O reconhecimento pelas autoridades cingapurianas consolida o Brasil entre os países aptos a fornecer produtos de origem animal processados para um dos mercados mais exigentes da Ásia”, informou a ABPA.
A comunicação oficial foi feita na quinta, 16, pelo ministro Carlos Fávaro e pelo secretário de Relações Internacionais, Luis Rua, após encontro com a ministra de Sustentabilidade e Meio Ambiente de Cingapura, Grace Fu, durante missão ao Brasil.
Com população de alta renda e forte cultura alimentar, Cingapura é dependente de importações para garantir seu abastecimento interno. Em 2024, o país importou cerca de 518 milhões de unidades de ovos, o equivalente a aproximadamente 31 mil toneladas, especialmente da Tailândia e da Indonésia. Desse total, apenas 2,5 mil toneladas corresponderam a ovos processados (ovos-produto) – alimento com forte potencial de expansão, especialmente diante da relevância do canal Horeca (Hotelaria, Restaurantes e Catering) no país.
De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, Cingapura também atrai milhões de turistas e tem uma ampla comunidade de expatriados. A estabilidade econômica e a exigência por insumos de alta qualidade sustentam a demanda por ovos líquidos, pasteurizados e outros derivados, com foco em segurança, conveniência e padronização. Ao mesmo tempo, é um hub de distribuição comercial e de portos para o sudeste da Ásia, o que reforça a importância estratégica do mercado.
“O reconhecimento do sistema brasileiro por Cingapura amplia a competitividade da cadeia produtiva e posiciona o Brasil em um novo patamar dentro deste mercado. É uma conquista importante do Ministro, seus Secretários e equipe, sobretudo por se tratar de um produto com maior valor agregado, com potencial de abrir portas para novos fluxos comerciais nos segmentos mais exigentes da alimentação fora do lar”, destacou na nota Ricardo Santin.