A exploração da Margem Equatorial não deve ser interpretada com uma diminuição da importância da agenda da transição energética, e o Brasil não tem a possibilidade de abrir mão do uso de combustíveis fósseis no momento, disse há pouco o governador do Pará, Helder Barbalho.

“É fundamental que nós possamos fazer dessa riqueza uma fonte importante para a transição energética. Neste momento, o Brasil não é autossuficiente para que as próximas gerações sejam capazes de abrir mão do uso de combustíveis fósseis”, afirmou.

“Se nós não explorarmos este ativo, com cerca de 15 anos o Brasil terá que importar petróleo. Portanto, não seria crível a necessidade de importar tendo esta riqueza em nosso ambiente.” A exploração da Margem Equatorial, contudo, não deve ser interpretada com uma diminuição da importância da agenda da transição energética, disse o governador.

Barbalho acrescentou ainda que a Petrobras deve ter um papel no processo de transição energética. “O Brasil deve ter na Petrobras o principal financiador de pesquisas, de indução para a transição energética para que possamos, nas próximas décadas, com assertividade e planejamento, assegurar que o Brasil tem segurança energética suficiente a partir de energias renováveis e energias limpas para que com isto nós possamos definitivamente abrir mão do uso de combustíveis fósseis.”

Segundo ele, o Brasil tem compromisso em garantir o uso de energia limpa e compatibilizar a sua demanda de energia com a sua oferta de energia limpa. “A partir desta garantia de caso nos permitirão que nós possamos abrir mão do uso de combustíveis fósseis, o que não é uma realidade do momento.”

O ministro participa da Cúpula de Ação Climática Local, que é parte dos eventos prévios da COP30 e que acontece no Museu de Arte Moderna do Rio.