O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Manoel  Carlos de Castro Pires, ouviu nesta segunda-feira, 22, durante reunião  com economistas de universidades críticas à reforma da Previdência, nos  termos que têm sido colocados. Também foram feitas críticas à intenção  do governo de recriar a CPMF. As informações foram dadas ao Broadcast  (serviço de notícias em tempo real da Agência Estado) pelo professor de  economia da PUC-SP Antonio Corrêa de Lacerda.

De acordo  com o economista, seus colegas também questionaram o suposto desencontro  entre as políticas fiscal e monetária no atual governo. “Eu mesmo  coloquei para o secretário que os efeitos da política monetária impedem o  acerto na política fiscal”, disse Lacerda. O professor acrescentou que o  aumento da Selic acaba encarecendo o custo da dívida, retirando do  sistema recursos que poderiam ser destinados a investimentos, o que  prejudica a arrecadação.

Quanto ao retorno da CPMF,  segundo Lacerda, os economistas disseram ao secretário que o governo  deveria atacar outras frentes, como as reformas estruturais. Segundo  ele, a reunião de hoje cumpre promessa anterior do Ministério da  Fazenda, de se encontrar com economistas da academia. E um novo  encontro, de acordo com Lacerda, será agendado.

Lacerda  afirmou ainda que o secretário agiu como se já esperasse receber  críticas em relação às políticas que estão sendo adotadas. Pires não  respondeu às críticas, mas fez anotações e disse que as levaria ao  ministério.