08/05/2019 - 10:42
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) afirma que desde o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, em 25 de janeiro, está impossibilitada de utilizar a captação de água do Sistema Paraopeba. Uma ação impetrada pela Advocacia-Geral do Estado de Minas Gerais na 6ª Vara da Fazenda Estadual da Comarca de Belo Horizonte determina que a Vale inicie, de imediato, o projeto de captação de água no Rio Paraopeba, em trecho não afetado pelo rompimento da Mina Córrego do Feijão, e adote medidas preventivas no Sistema do Rio das Velhas.
Em comunicado sobre essa ação movida, a Copasa explica que o abastecimento naquele sistema está sendo feito pelos três reservatórios: Rio Manso, Serra Azul e Vargem das Flores. “As ações de projeto e execução de obras de nova captação à montante do trecho impactado do rio, precisam ser iniciadas de imediato, para que haja alternativa estruturante apta a funcionar captando água do Rio Paraopeba em 2020, e assim, evitar que os reservatórios cheguem em níveis críticos para operação no ano 2021.”
Quanto ao Sistema do Rio das Velhas, há barragens de rejeito da Vale na bacia do rio, classificadas com nível de alerta 3, “o que coloca a captação de água em risco no caso de eventos de rompimento das barragens dessas minerações”, lembra a Copasa.
É requerido ainda que a Vale providencie medidas de contenção e proteção no Sistema Rio das
Velhas, em, no máximo, 60 dias. A ação exige, também, que a Vale crie outras alternativas de abastecimento, implante adutoras de captação de água, dentre outras ações, de acordo com o comunicado.