14/03/2016 - 9:52
A Prumo Logística, controlada pela EIG e que administra o Porto de Açu, informa que os acionistas controladores decidiram cancelar a oferta pública de aquisição (OPA). Entre os motivos para a decisão, está a contínua deterioração das condições de mercado e a impossibilidade de fornecer um prazo para a conclusão do processo à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
No dia 29 de fevereiro, a Prumo Logística informou que a CVM decidiu não conceder o pedido de extensão do prazo para a OPA. Segundo o fato relevante publicado nesta segunda-feira, 14, a carta da CVM não tinha a intenção de interromper a OPA, mas sim de reforçar a “importância de manter os acionistas da companhia e o mercado informados da evolução da OPA e de fornecer uma orientação precisa à respeito da expectativa do prazo de conclusão da OPA”.
No dia 29 de fevereiro, a empresa também divulgou que para a realização do processo seria necessária a aprovação de determinados bancos credores. “Nesse momento, considerando a impossibilidade de prever, e as incertezas relacionadas ao prazo da negociação com os Bancos para a obtenção da aprovação necessária para a OPA, nem a companhia ou seus acionistas controladores conseguem dar uma previsão concreta quanto ao prazo solicitado pela CVM”, informou hoje a Prumo Logística, em fato relevante.
Diante destes fatos e da contínua deterioração das condições de mercado, os acionistas controladores da Prumo Logística decidiram por cancelar a OPA. Os custos e despesas da empresa relacionados com a tentativa de OPA serão reembolsados pelos acionistas controladores.
Os controladores da Prumo Logística informaram a intenção de realizar a OPA no dia 7 de dezembro, com o objetivo de cancelar o registro de companhia aberta perante a CVM e sair do Novo Mercado da Bovespa. O preço máximo a ser ofertado seria de R$ 1,15 por ação. Em dezembro, a empresa também havia realizado um grupamento de ações na razão de 10 para uma. Em Assembleia geral extraordinária (AGE) realizada no dia 22 de janeiro, os acionistas haviam aprovado a Ernst & Young como empresa responsável por elaborar o laudo de avaliação das ações.