Um levantamento realizado pela consultoria Elos Ayta mostra que 14 ações integrantes das carteiras do Ibovespa, IDIV, Small Caps e IBRX100 acumulam valorização superior a 100% no ano até 11 de novembro de 2025, na bolsa brasileira.

O principal destaque é a Cogna (COGN3), com alta de 240,16%. Os papéis têm sido impulsionados pela reestruturação financeira da companhia e pela retomada dos resultados no setor de serviços educacionais. Na sequência, aparecem Movida (MOVI3), com valorização de 199,03%, e Moura Dubeux (MDNE3), com 194,04%, completando o pódio das únicas ações com ganhos acima de 190% no período.

O setor de incorporações domina o ranking, com sete empresas entre as 14, evidenciando a recuperação da construção civil diante da queda dos juros e do avanço das vendas residenciais. As companhias Moura Dubeux, Lavvi, Cury, Direcional, Tenda, Cyrela e JHSF representam a espinha dorsal do movimento, com altas entre 105% e 194%.

O segundo maior destaque setorial é o educacional, com três representantes (Cogna, Ser Educacional e Ânima), todas com valorizações superiores a 150%, refletindo o otimismo com o ensino privado e a expansão do ensino digital.

Ações da bolsa que mais subiram em 2025
(Crédito: Elos Ayta)

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Outros quatro setores completam a lista: aluguel de carros (Movida), vestuário (C&A e Track & Field) e infraestrutura (Ecorodovias).

Em termos de composição de índices, o levantamento mostra que cinco ações fazem parte do Ibovespa e todas as 14 estão no índice Small Caps, reforçando o protagonismo das empresas de menor capitalização na bolsa. Além disso, quatro estão no IDIV, indicador de ações pagadoras de dividendos e nove integram o IBRX100, índice que reúne as 100 ações mais negociadas do mercado.

No acumulado de 2025 até 11 de novembro, o Ibovespa sobe 31,15%, o Small Caps lidera com 31,90%, o IBRX100 avança 30,11% e o IDIV tem o menor ganho, de 27,22%.

O estudo da Elos Ayta evidencia que o avanço expressivo das small caps tem sido o principal motor do desempenho da bolsa neste ano, sustentado pela combinação de juros menores, recuperação do crédito e retomada do consumo.