O empresário Nelson Tanure fez uma oferta para a aquisição do controle da petroquímica Braskem, a maior da América Latina, disseram fontes à Reuters nesta sexta-feira.

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Segundo uma das fontes, o investidor tem interesse em comprar a parte da Novonor na Braskem, mas ainda deixando o empresa anteriormente conhecida como Odebrecht com uma participação de cerca de 3% na petroquímica.

A Novonor tem 50,1% do capital votante da empresa, enquanto a Petrobras tem 47%.

“O Tanure viu uma boa oportunidade, ainda mais com ações em baixa no setor petroquímico… Ele certamente vai conseguir um deságio bem significativo com os bancos credores para fazer negócio”, afirmou uma outra fonte.

A Novonor tem sido pressionada a desinvestir da petroquímica porque, no auge da operação “Lava Jato”, colocou suas ações da companhia como garantia de R$15 bilhões em dívidas bancárias, incluindo dinheiro devido ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Hoje, as ações oferecidas em garantia valem menos de um terço do valor da dívida.

“Os bancos sabem que hoje a chance deles receberem essa dívida da Braskem é muito pequena e provavelmente com isso que o Tanure vai jogar”, acrescentou a fonte.

Procurado, o empresário não comentou o assunto de imediato. A Novonor não se manifestou.

Desempenho das ações da Braskem

Por volta das 16h30, as ações da Braskem avançavam 5,31%, a R$10,70 cada, entre os melhores desempenhos do Ibovespa. No ano, contudo, o papel acumula perda de cerca de 10%.