05/10/2018 - 15:55
As ações da Juventus despencaram cerca de 10% nesta sexta-feira (5), após a Nike e a EA Sports afirmarem preocupação com a acusação de abuso sexual contra Cristiano Ronaldo. Os papéis do clube italiano caíram para 1,19 euros e fecharam o pregão com desvalorização de 9,92%.
O time italiano defendeu o jogador no Twitter nesta semana e foi alvo de críticas. Na rede social, a Juventus ressaltou que o jogador é profissional e dedicado. “Os eventos de que é acusado remontam há dez anos e não alteram essa opinião, que é compartilhada por qualquer um que tenha privado de perto com esse grande campeão”.
O craque português foi comprado pela Juventus depois do Mundial da Rússia em uma transição de 112 milhões de euros. À época, as ações da empresa tiveram uma supervalorização, chegando a serem comercializadas a 1,80 euros.
Patrocinadoras expõem preocupação
A Nike afirmou estar “profundamente preocupada” com a acusação de estupro contra o jogador de futebol Cristiano Ronaldo. O craque português tem um contrato de US$ 1 bilhão (aproximadamente R$ 390 bilhões) com a gigante esportiva.
Em anuncio à Associated Press, a Nike afirmou que “continuará acompanhando de perto a situação”. O contrato de patrocínio e exploração de imagem foi firmado em 2003 e renovado em 2016.
Esta é a segunda grande patrocinadora de Cristiano Ronaldo a se pronunciar após a acusação. A EA Sports também divulgou comunicado afirmando que está monitorando os desdobramentos do caso. O craque português é um dos destaques do jogo Fifa 2019, lançado há algumas semanas.
“Vimos o relatório preocupante que detalha as acusações contra Cristiano Ronaldo. Estamos a acompanhar de perto a situação, pois esperamos que os atletas e embaixadores da marca se comportem de maneira consistente com os valores da EA”, disse a empresa.
Entenda o caso
O jogador português é acusado de ter cometido violência sexual contra Kathryn Mayorga em um quarto de hotel em Las Vegas, em 2009. A polícia local afirma que investigou uma queixa de estupro à época, mas acrescentou que “a vítima não forneceu aos detetives a localização do incidente ou a descrição do suspeito”.
Segundo a acusação, depois do crime, a equipe de Cristiano Ronaldo coagiu a vítima a aceitar uma indenização de US$ 375 mil dólares para ela não expor o caso. O processo reaberto esta semana visa anular este contrato.
O jogador nega todas as acusações. Em uma postagem no Twitter, Cristiano Ronaldo afirmou que as denúncias contra ele são “abomináveis”.