As ações da Palantir fecharam em alta nesta segunda-feira, 14, impulsionadas pela notícia de que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) vai usar o software com inteligência artificial da empresa para modernizar suas capacidades de combate. Os papéis da Palantir Technologies subiram 4,59% no dia, depois de terem alcançado patamares ainda mais elevados no início do pregão.

A Agência de Comunicações da Otan informou que concluiu, no fim de março, a compra do sistema Maven Smart, desenvolvido pela Palantir. Também utilizado pelo Exército dos EUA, o sistema Maven usa IA para coletar e analisar grandes volumes de dados, ajudando a priorizar alvos em operações militares. A Otan afirmou que pretende empregar a tecnologia para acelerar a adoção de soluções inovadoras baseadas em IA, incluindo modelos e simulações em desenvolvimento nos 32 países-membros da aliança.

Para o analista Louie DiPalma, da William Blair, o contrato tem um “significado geopolítico mais amplo do que apenas mais uma vitória para a Palantir”, em meio às preocupações de Wall Street de que a Europa estivesse tentando reduzir a dependência de fornecedores de defesa dos Estados Unidos.

“Essa concessão traz implicações positivas para todo o setor de defesa americano”, escreveu DiPalma. Ele avalia que o acordo sinaliza que a Europa deve continuar sendo uma importante compradora de sistemas dos EUA.

No ano passado, a Palantir fechou vários contratos ligados ao Maven, entre eles um acordo de US$ 480 milhões por cinco anos com os Comandos de Combate dos EUA, e outro de US$ 100 milhões com o Exército, a Marinha e a Força Aérea. E ainda há potencial de expansão: segundo DiPalma, o software da companhia é um dos cotados para equipar a futura plataforma de Comando e Controle de Próxima Geração do Exército dos EUA. Ele espera um anúncio oficial nos próximos meses. Fonte: Dow Jones Newswires.