30/06/2022 - 13:35
Por Devik Jain
(Reuters) – As ações europeias registraram nesta quinta-feira o pior trimestre desde as perdas causadas pela pandemia no início de 2020, já que os investidores estão cada vez mais cautelosos com uma recessão global na esteira das ações dos bancos centrais para domar a inflação.
Todos os principais setores ficaram no território negativo. Os bancos foram os que mais pesaram, com um indicador de credores da zona do euro em baixa de 3,3% para mínimas desde março, depois que o principal supervisor do Banco Central Europeu (BCE) pediu às instituições bancárias que calculem os riscos de recessão.
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O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em queda de 1,50%, a 407,20 pontos, e registrou declínios trimestrais de 10,7%. Mineradoras estiveram entre os maiores pesos no índice durante o trimestre, com perdas superiores a 20%.
Com a alta dos preços na zona do euro em níveis recordes, dados desta quinta-feira mostraram que a inflação na França em junho acelerou ante o mês anterior para um recorde em 12 meses de 6,5%, e pesou no índice de ações local, que recuou 1,8%.
“O que estamos vendo no momento é mais evidência de que a inflação é grave, arraigada e os investidores estão agora tendo que reavaliar os valores que estão colocando nas ações”, disse Azad Zangana, economista sênior e estrategista europeu da Schroders.
Todas as atenções estão agora voltadas para a primeira estimativa da inflação de junho na zona do euro, na sexta-feira, que deverá ser analisada pelo BCE antes de sua reunião de política monetária de 21 de julho, na qual deve aumentar os juros pela primeira vez desde 2011.
Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 1,96%, a 7.169,28 pontos.
Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 1,69%, a 12.783,77 pontos.
Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 1,80%, a 5.922,86 pontos.
Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 2,47%, a 21.293,86 pontos.
Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 1,09%, a 8.098,70 pontos.
Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 1,42%, a 6.044,64 pontos.