07/10/2025 - 15:30
Segundo levantamento da Elos Ayta Consultoria, até esta segunda-feira, 6, um total de 11 ações listadas na bolsa de valores perderam mais da metade do valor no acumulado do ano.
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Todas foram negociadas em todos os pregões do ano – o que indica liquidez constante e descarta casos pontuais de baixa movimentação.
A PDG Realty (PDGR3) aparece no topo da lista, com queda acumulada de -96,8% no período. Apenas em outubro, a ação já recuou -71,4%, sinalizando uma piora recente no desempenho.
A Ambipar (AMBP3) vem logo depois, com desvalorização de -93% no ano e retração de -89,3% apenas neste mês. A Infracomm (IFCM3) completa o trio de maiores perdas, acumulando -82,6% desde janeiro.
O levantamento também aponta que incorporadoras e companhias aéreas concentram parte relevante das quedas. No setor imobiliário, além da PDG, a Gafisa (GFSA3) caiu -68,9% no ano. Entre as aéreas, Gol (GOLL54) e Azul (AZUL4) recuaram -69,2% e -68,9%, respectivamente. As duas enfrentam custos elevados, câmbio pressionado e uma retomada da demanda abaixo do esperado.
Apesar das fortes baixas, o volume financeiro indica que esses papéis continuam sendo negociados com frequência. A Azul lidera nesse quesito, com média diária de R$ 64 milhões, seguida por Raízen (RAIZ4), com R$ 32,8 milhões, e Ambipar, com R$ 15,9 milhões.
Esses dados apontam que as perdas não estão ligadas à falta de liquidez, mas refletem uma revisão mais profunda dos preços.
“Quando observamos ações com perdas superiores a 50% e que ainda assim apresentam presença diária no pregão, estamos diante de movimentos de mercado que refletem desconfiança estrutural dos investidores em relação aos fundamentos das empresas”, diz a consultoria.