22/12/2017 - 17:11
A entrada em vigor, na última quarta-feira, 20, do acordo comercial entre o Mercosul e a Colômbia permitiu zerar as tarifas do comércio de tecidos e roupas, disse nesta sexta-feira, 22, o presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Fernando Pimentel. “Vai abrir novas oportunidades de negócios e investimentos.”
Neste ano, o Brasil exportou R$ 28 milhões para a Colômbia e importou R$ 36 milhões. “Nossa obrigação é de mais do que dobrar essas cifras nos próximos três anos”, afirmou o executivo.
A Colômbia é um mercado de 40 milhões de consumidores que hoje tem relações mais próximas com os Estados Unidos, país com o qual tem um acordo de livre comércio.
Uma possibilidade aberta com o acordo, disse Pimentel, é processar matérias-primas brasileiras na Colômbia e de lá acessar o mercado norte-americano sem pagar tarifas de comércio. “O que falta é melhorar a infraestrutura física”, comentou.
Também por causa da entrada em vigor do acordo, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) editou na quinta-feira, 21, uma portaria para dividir entre as montadoras as cotas de exportações de automóveis com tarifa zero para a Colômbia. “A cota é proporcional ao volume de mercado de cada montadora, com um espaço para entrantes”, explicou o secretário de Comércio Exterior, Abrão Árabe Neto.
O acordo prevê a exportação de 12 mil unidades no primeiro ano do acordo. Serão 25 mil no segundo ano e 50 mil unidades no terceiro ano. Pelo fato de o acordo haver entrado em vigor nos últimos dias de dezembro, a cota já será de 25 mil em 2018.