Por Daniel Wiessner

(Reuters) – A Activision Blizzard, produtora de “Call of Duty”, foi acusada por um sindicato de demitir ilegalmente dois testadores de videogame por usar “linguagem ofensiva” em um protesto contra uma nova política da empresa que limita o trabalho remoto.

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O sindicato Trabalhadores da Comunicação da América (CWA, na sigla em inglês) disse que apresentou uma queixa ao Conselho Nacional de Relações Trabalhistas dos Estados Unidos na terça-feira, buscando a reintegração dos trabalhadores.

De acordo com o sindicato, a empresa anunciou no mês passado que seus funcionários seriam obrigados a comparecer ao escritório três dias por semana a partir de abril, encerrando uma política que permitia jornadas mais flexíveis durante a pandemia.

A mudança recebeu uma resposta extremamente negativa dos funcionários, disse o CWA, e a Activision demitiu dois testadores de jogos que “expressaram sua indignação usando uma linguagem ofensiva”.

O CWA sugeriu que o conselho trabalhista liderado pelos democratas poderá usar o caso para revisar uma decisão de 2020 de maioria republicana que limita as proteções legais para trabalhadores que usam linguagem vulgar ou ofensiva durante protestos no local de trabalho.

“Quando confrontados com tratamento injusto por empregadores inescrupulosos como a Activision, os trabalhadores devem ter o direito de se expressar”, disse a secretária-tesoureira do CWA, Sara Steffens, em um comunicado.

No ano passado, a entidade trabalhista emitiu queixas acusando a Activision de ameaçar funcionários que postaram nas mídias sociais sobre suas condições de trabalho e reter aumentos de trabalhadores pró-sindicato, o que a empresa nega.

A Activision não respondeu imediatamente a um pedido de comentário nesta quarta-feira.

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