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FERNANDES, O DONO: vende pequenas geladeiras cujos preços vão de R$ 1,6 mil até R$ 24,6 mil

 

Na década de 70, o que ganhava destaque nas casas dos brasileiros era a televisão colorida. Depois, passou a ser o aparelho com 29 polegadas que, ultimamente, perdeu espaço para a tela de plasma ou de LCD. Um fenômeno no comportamento de consumo dos brasileiros, entretanto, pôs outro produto na lista dos mais desejados: a adega de vinhos. Se antes ela tinha uma cara feia, ficava escondida na garagem ou na área de serviço das residências, agora ela é apresentada como sinônimo de status. Um dos principais responsáveis por essa mudança é o empresário Marco Antônio Fernandes. Há dez anos ele trabalhava em uma importadora de vinhos e vendia adegas importadas. “Percebi que eram feias, davam problemas e ficavam marginalizadas nas casas dos clientes”, diz ele. De olho nisso, Fernandes chamou o amigo Alcir Penna, que adorava marcenaria, e começaram a desenvolver peças mais charmosas. Nascia a Art des Caves. “Tínhamos dois funcionários e fabricávamos de cinco a dez peças por mês”, diz Fernandes. “Hoje, temos 200 funcionários, produzimos mil peças por mês e desenvolvemos adegas sob medida.” São produtos cujos preços variam de R$ 1,6 mil até R$ 24,6 mil.

 

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VERSÁTEIS: além de manter a temperatura dos vinhos, os aparelhos são usados para climatizar casacos de pele e charutos

 

A novidade é que a empresa está fechando parcerias com construtoras para climatizar espaços em apartamentos de alto padrão. “Estamos trabalhando com construtoras como Cyrela e Lindenberg”, diz Fernandes. Paralelo a isso, a Art des Caves, assina as adegas de restaurantes como Fasano e Eau, do hotel Grand Hyatt. “O trabalho deles segue padrões internacionais”, diz Guillaume Paupy, diretor de alimentos e bebidas do Grand Hyatt. Justamente por isso, os produtos da Art des Caves já podem ser encontrados em países como México, Portugal, Costa Rica, Uruguai, Chile e, em breve, Estados Unidos. “Hoje as exportações representam 15% das nossas vendas”, diz ele. “A nossa meta é chegar a 50%.”