A Adidas decidiu encerrar sua parceria com o rapper Kanye West, apesar de isso representar um prejuízo milionário para ambos, dizendo em comunicado nesta terça-feira (25) que “não tolera antissemitismo e qualquer outro tipo de discurso de ódio” após o músico fazer comentários polêmicos em um podcast e no Twitter.

Com isso, a empresa encerra uma parceria que já tinha nove anos (desde 2013) e que já foi chamada pela empresa de “a parceria mais significativa já criada entre um não-atleta e uma marca atlética”.

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Mas a marca começou a repensar essa parceria quando o rapper usou uma camiseta com a inscrição “White Lives Matter” em público, geralmente usada por grupos conservadores e mesmo racistas.

A gota d’água, no entanto, foi quando o rapper afirmou “Posso dizer qualquer merda antissemita e a Adidas não pode me derrubar” durante uma participação no podcast Drink Champs.

Ele também fez ameaças obscuras aos judeus no Twitter, como em um post que dizia “Go death con 3 on JEWISH PEOPLE”. Embora a exata em tradução para o português seja particularmente difícil, a associação entre as palavras “morte” e “povo judeu” foi péssima e levou a diversos protestos de organizações de direitos humanos.

Segundo a Adidas, em nota, os comentários foram “inaceitáveis, odiosos e perigosos” e violaram os “valores de diversidade e inclusão, respeito mútuo e justiça” da empresa.

A empresa estima um um impacto de US$ 246 milhões em suas vendas no quarto trimestre com o fim da parceria.