22/08/2022 - 18:37
A Adidas, gigante alemã de equipamento esportivo, anunciou nesta segunda-feira (22) a saída “em 2023” de seu diretor-executivo, Kasper Rorsted, sem mencionar ainda um sucessor, em meio a grandes dificuldades relacionadas com a política de “covid zero” na China.
“Depois de três anos difíceis, marcados pelas consequências econômicas da pandemia de covid-19 e por tensões geopolíticas, chegou o momento de iniciar uma transição de diretor-executivo e preparar um recomeço”, disse em nota o presidente do conselho de supervisão, Thomas Rabe.
“Agradecemos a Kasper por seus grandes feitos”, acrescentou.
A saída do CEO, no cargo desde 2016, ocorrerá “de comum acordo”. O contrato atual de Rorsted tinha vigência até 2026. Agora, segundo o grupo, “começou a busca por um sucessor”.
“Estes últimos anos foram marcados por vários fatores externos, que perturbaram consideravelmente nosso negócio”, disse Rorsted.
“São necessários esforços enormes para enfrentar estes desafios. É por isso que possibilitar um recomeço em 2023 é a coisa certa a fazer, tanto pelo bem da empresa quanto para mim, pessoalmente”, acrescentou o dinamarquês em um comunicado.
Embora a suspensão das restrições sanitárias na Europa e nos Estados Unidos tenha permitido à Adidas retomar sua atividade, a empresa ainda sofre os efeitos da estrita política de “covid zero” na China.
Levando em conta a importância que o mercado chinês tem, cerca de 16% das vendas totais no primeiro semestre de 2022 frente a 10% dez anos atrás, o grupo baixou no fim de julho suas previsões anuais globais.
A empresa visa a um crescimento entre 5% e 10% de suas vendas mundiais, impulsionadas pelos Estados Unidos e pela Europa, frente a uma estimativa anterior de 11% a 13%.