12/08/2021 - 13:59
A fabricante alemã de equipamentos esportivos Adidas anunciou nesta quinta-feira (12) que chegou a um acordo para vender sua problemática subsidiária Reebok por 2,1 bilhões de euros para a empresa americana Authentic Brands Group (ABG).
O valor será pago em grande parte em dinheiro e a transação deve ser concluída no primeiro trimestre de 2022, após a aprovação das autoridades competentes, informou o grupo alemão em comunicado.
No início de agosto, o grupo havia indicado que estava em processo de finalização da venda da sua filial, que já havia saído do âmbito de atividade desde o início de 2021.
“Sempre valorizamos a Reebok e somos gratos pelas contribuições da marca e de suas equipes aos nossos negócios”, disse Kasper Rorsted, presidente da Adidas, em um comunicado.
O grupo agora pretende focar no fortalecimento da marca Adidas, lembrou.
“É uma honra ser encarregada da continuação do legado da Reebok”, comentou Jamie Salter, fundador e presidente da ABG, que administra as marcas de moda JCPenney, Forever21 e Brooks Brothers em particular.
A Adidas havia adquirido a Reebok por 3,1 bilhões de euros em 2006 com o objetivo de se aproximar de sua grande rival americana Nike.
Desde sua aquisição pelo grupo alemão, a Reebok, especializada em roupas esportivas femininas, sempre foi considerada uma criança problemática dentro da fabricante de equipamentos, alimentando regularmente rumores sobre uma possível venda.
A marca só valia 803 milhões de euros no balanço do grupo após várias depreciações contabilísticas no final de 2020.
A receita da Reebok cresceu mais 2% em 2019, para € 1,75 bilhão, uma pequena parte dos € 23,6 bilhões de todo o grupo Adidas.
A venda da Reebok não terá impacto nas previsões financeiras da Adidas para o ano corrente, disse o grupo alemão.
No início de agosto, a fabricante de equipamentos havia aumentado suas projeções anuais, apesar das dificuldades de abastecimento, especialmente no Vietnã e em um bom segundo trimestre.
De abril a junho, a participação do grupo no lucro líquido foi de 397 milhões de euros, contra um prejuízo de 295 milhões de euros um ano antes, em meio à primeira onda da covid-19.
O grupo de Herzogenaurach (sul) agora tem como meta um crescimento de vendas anual de 20% e lucro líquido entre 1,4 e 1,5 bilhão de euros.