Depois dos planos populares de saúde e odontológico, começa a ganhar espaço no Brasil uma espécie de plano jurídico voltado para as classes B, C e D. Pelo menos essa é a proposta da advogada gaúcha Fernanda Buchabqui Saenger, que criou a Planjuris. Fundada em julho do ano passado, a empresa oferece aconselhamento jurídico via aplicativo, telefone e também dispõe de 300 advogados associados espalhados pelo Brasil para resolver as mais diversas causas. “As áreas que geram mais demanda são a do direito do consumidor e de família”, diz Fernanda. “Só não atuamos na área trabalhista.”

Crescimento acelerado

A Planjuris conta com um modelo de negócio que tem feito a companhia crescer em alta velocidade: cobra uma mensalidade de R$ 10 descontada na folha de pagamento de funcionários de empresas com mais de 400 empregados. “Já cobrimos 44 mil vidas”, diz Fernanda. “Isso acaba com o pagamento de honorários, o cliente só precisa pagar os custos processuais.” Outra modalidade praticada é a assessoria jurídica online para clientes de seguradoras. “Cobramos uma taxa mensal de R$ 0,38 e já contamos com 80 mil vidas cobertas.” A meta é chegar a 1 milhão de clientes até o fim de 2017. A julgar pelo interesse na empresa, o negócio tem potencial.

(Nota publicada na Edição 1002 da Revista Dinheiro, com colaboração de: Cláudio Gradilone, Márcio Kroehn, Ralphe Manzoni Jr. e Rodrigo Caetano)