Afastado da presidência da Fifa, Joseph Blatter se pronunciou sobre a  eleição de Gianni Infantino para o comando da entidade, definida em  eleição realizada nesta sexta-feira, e apontou o também suíço como um  digno sucessor para continuar o seu trabalho.

Blatter  elogiou Infantino por sua “experiência, expertise, conhecimento  estratégico e habilidades diplomáticas” em um comunicado oficial. Assim,  na sua visão, o secretário-geral da Uefa, de 45 anos, “tem todas as  qualidades para

continuar o meu trabalho e estabilizar a Fifa novamente” depois de uma crise de corrupção.

Infantino  vai completar o resto do mandato presidencial de Blatter, permanecendo  no cargo até maio de 2019. O suíço, de 79 anos, foi reeleito em maio do  ano passado, dias após a prisão de vários dirigentes da Fifa, mas  decidiu deixar o cargo logo depois, pressionado pela pressão pela crise  na entidade, convocando novas eleições.

Nesta sexta-feira,  porém, Blatter não pôde participar da eleição de Infantino, pois foi  suspenso por seis anos, juntamente com Michel Platini, presidente da  Uefa, pelo Comitê de Ética da Fifa em razão de um polêmico pagamento da  entidade ao dirigente francês.

As calorosas felicitações a  Infantino são uma notável mudança de tom para Blatter, que no início da  campanha atacou o novo presidente da Fifa, mesmo que eles sejam de  regiões vizinhas na Suíça.

Infantino tinha apenas 5 anos  quando Blatter entrou na Fifa em 1975. Agora ele o sucede com o desafio  de reformar a organização, evitar sua quebra financeira e ainda  restaurar a credibilidade em uma entidade em que seus principais líderes  estão presos, em fuga ou afastados.