06/08/2025 - 1:12
As economias da América Latina e do Caribe estão no caminho certo para um crescimento modesto em 2025, com um ligeiro aumento em relação a previsão anterior, mas ainda desafiadas por um ambiente global complexo e de alta incerteza, disse uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira.
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A Comissão Econômica da ONU para a América Latina e o Caribe (Cepal) elevou sua previsão de crescimento regional em 2025 para 2,2%, em comparação com o crescimento de 2,0% projetado em abril.
Em um relatório, a comissão alertou que esse crescimento continua frágil, prejudicado por uma combinação de demanda internacional fraca e desafios internos. Fatores como gastos lentos dos consumidores, baixo investimento e desigualdades profundas continuam limitando o potencial da região.
Globalmente, “as tensões geopolíticas e o crescente protecionismo persistem, e possíveis transtornos nas cadeias de oferta são previstas”, acrescentou o relatório.
O relatório também observou uma falta de política monetária sincronizada entre as principais economias, fomentando a incerteza financeira.
Em uma nota positiva, a inflação regional se estabilizou em torno de 3% e “espera-se que permaneça nesse nível em 2025 e 2026”, com riscos predominantemente ascendentes, disse a Cepal.
Embora a comissão estime que a criação de empregos diminuirá, ela prevê que o desemprego permanecerá estável em torno de 5,6%.
Para 2026, a comissão prevê uma expansão regional de 2,3%.
A organização elevou suas projeções de crescimento em 2025 para Brasil, Chile, Panamá, Paraguai, Uruguai e Venezuela.
Para a economia brasileira, a maior da região, a Cepal espera agora uma expansão de 2,3%, em comparação com os 2,0% anteriores. A previsão para a segunda maior economia da América Latina, o México, foi mantida em 0,3%.
A Cepal também manteve suas projeções de crescimento para a Argentina em 5,0%, para a Colômbia em 2,5% e para o Peru em 3,1%. Para o Chile, a estimativa foi elevada de 2,2% em abril para 2,4%.