A agroecologia como modelo de produção ganha força nas políticas públicas da América Latina e do Caribe, segundo estudo divulgado nessa segunda-feira (4) pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). A informação é da Agência EFE.

A pesquisa, da Rede de Políticas Públicas e Desenvolvimento Rural na América Latina, revela o crescimento dessa prática na região, reconhecendo o esforço em consolidar o modelo como “disciplina científica” e um movimento social.

O estudo analisa as ações governamentais feitas pela Argentina, o Brasil, Chile, a Costa Rica, Cuba, El Salvador, o México e a Nicarágua.

“A agroecologia pode apoiar a segurança alimentar e nutricional, ao mesmo tempo em que fomenta a resiliência e a adaptação à mudança climática”, diz a FAO.

Apesar dos elogios à evolução da prática na região, a organização destaca que o Brasil é um dos países nos quais há “muitos obstáculos” para implementar adequadamente essas políticas na região.

No entanto, a sociedade civil e os movimentos sociais equilibram a balança em favor da agroecologia no Brasil, indica a pesquisa.

A Argentina, por outro lado, se destaca por “seus programas com componentes agroecológicos, a produção orgânica certificada para a exportação e os trabalhos de pesquisa e extensão na área”.

No México, segundo a FAO, “praticamente não se identificam políticas dedicadas especificamente à agroecologia”. Porém, é possível observar elementos que defendem a prática no país.

A promoção dessas práticas contribui diretamente para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), indicou a FAO, por meio de uma visão mais “nova e complexa” que é a sustentabilidade econômica, social e ambiental.

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