O agronegócio do Estado de São Paulo exportou 9,3% mais em valor no ano passado em relação a 2022, alcançando US$ 28,39 bilhões, valor recorde. Já as importações caíram 1% na mesma base comparativa, para US$ 5,05 bilhões. O superávit da balança comercial paulista cresceu 11,8%, para US$ 23,34 bilhões. As informações são do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), em nota. Em relação a tudo o que o Estado exportou em 2022, com US$ 71,03 bilhões, o agronegócio representou 40%.

O IEA ressalta que as exportações paulistas nos demais setores da economia, excluindo-se o agronegócio, somaram US$ 42,64 bilhões, e as importações, US$ 66,73 bilhões, gerando um déficit externo desse agregado de US$ 24,09 bilhões em 2023. “Desta forma, conclui-se que o déficit do comércio exterior paulista só não foi maior devido ao desempenho do agronegócio estadual, cujo saldo se manteve positivo (US$ 23,34 bilhões)”, cita.

Ainda conforme o IEA, os principais segmentos exportadores do agronegócio paulista em 2023 foram complexo sucroalcooleiro (US$ 10,76 bilhões, sendo que deste total o açúcar representou 88,2% e o álcool etílico-etanol, 11,8%); complexo soja (US$ 3,64 bilhões, tendo a soja em grão 82,7% de participação no grupo); setor de carnes (US$ 3,15 bilhões, em que a carne bovina representou 82,6%); produtos florestais (US$ 2,7 bilhões, com participação de 51,1% em celulose e 41,1% em papel) e o grupo de sucos (US$ 2,27 bilhões, dos quais 97,7% referentes a suco de laranja).

Esses cinco agregados representaram 79,3% das vendas externas do agronegócio paulista. Já o grupo de café, tradicional nas exportações do Estado, aparece na oitava posição, com vendas de US$ 896,95 milhões (69% referentes ao café verde e 24,4% de café solúvel).

Ainda de acordo com o IEA, em 2023, na comparação com 2022, houve importantes variações nos valores exportados dos principais grupos de produtos da pauta paulista, com aumento para os grupos complexo sucroalcooleiro (+26,8%) e de sucos (+18,3%), e queda nos grupos de carnes (-21,1%), café (-11,8%), florestais (-1,2%) e complexo soja (-0,2%). Essas variações nas receitas do comércio exterior são derivadas da composição das oscilações tanto de preços como de volumes exportados.