Com a autoridade de quem tem como cliente um dos maiores fundos de private equity do mundo, o Carlyle, com ativos de US$ 97 bilhões, o americano Seth Zalkin acredita que ainda há empresas baratas para comprar no Brasil. 

 

Fundador do Astor Group, uma butique de investimentos com escritórios em Miami, Nova York e Rio de Janeiro, Zalkin trabalhou como advogado especializado em fusões e aquisições no escritório  Paul, Weiss, Rifkind, Wharton & Garrison, na Big Apple, onde atendeu clientes como a Warner, o fundo do megainvestidor George Soros e a Sirius Satellite Radio.

 

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Zalkin: ”Saindo do eixo Rio-São Paulo existem boas oportunidades”

 

Zalkin, que vem ao Brasil nesta se-mana para um seminário, vê como alvos interessantes empresas de médio porte, com faturamento entre R$ 100 milhões e R$ 200 milhões. 

 

“Há uma mentalidade de manada entre os grandes fundos de private equity e bancos de investimento, todos disputam os mesmos negócios”, diz. “Mas, fora do eixo Rio-São Paulo, encontram-se boas oportunidades.” 

 

O Astor Group se interessa por empresas vinculadas ao poder de compra da nova classe média, serviços de saúde, educação, varejo e construção. As empresas de menor porte costumam dar mais trabalho para o comprador. 

 

“É preciso reduzir a informalidade, contratar auditorias, trazer novos executivos”, diz Zalkin. “Mas o preço compensa: quatro vezes o lucro anual, enquanto os negócios mais disputados ultrapassam 20.”

 

No momento, o Astor Group tem quatro mandatos em carteira. Negocia uma aquisição para o Carlyle. Também garimpa universidades que interessem à companhia americana Devry, que comprou, há dois anos, a Faculdades Nordeste, a Ruy Barbosa e a Área1. 

 

Além disso, assessora um grupo de investidores que quer comprar fre-quências para telefonia celular 4G no leilão da Anatel.