16/03/2018 - 7:35
No programa MOEDA FORTE desta semana, Carlos Sambrana, diretor de redação da ISTOÉ DINHEIRO, recebe Marco Silva, CEO da Nissan no Brasil. Nos últimos anos, em plena crise econômica, a montadora japonesa investiu mais de R$ 3 bilhões no mercado brasileiro. Uma parte desse dinheiro foi usada na construção de uma fábrica em Resende, no Rio de Janeiro, e mais de R$ 700 milhões foram destinados ao projeto Kicks, o pequeno SUV que se tornou sucesso de mercado.
Nesta entrevista, o executivo conta quais são os novos investimentos da companhia, os carros que serão trazidos para o Brasil, as impressões sobre o mercado automobilístico nacional e destaca as tecnologias que irão guiar o futuro da marca.
Neste quinto bloco (acima), ele fala sobre novas tecnologias. De acordo com Silva, uma forma inteligente da utilização do carro elétrico seria aproveitar a energia da bateria para alimentar os eletrodomésticos. “A integração do carro elétrico poderá ser feita na casa e no escritório”, diz. O executivo também comenta o desenvolvimento da tecnologia Pro-Pilot para carros semi-autônomos, que já foi efetivada no Japão. “Agora, estamos discutindo como será a implementação dessa tecnologia em mercados emergentes como o Brasil”, afirma. Apesar dos recentes avanços, segundo Silva, a maturação da ideia do carro completamente autônomo ainda vai passar por várias discussões.
BLOCO 4
Silva fala sobre o futuro da marca. De acordo com o executivo, a Nissan é pioneira na fabricação de carros elétricos e vê isso como uma tendência. “O carro elétrico vai ser o veículo do futuro”, diz. Silva destaca o sucesso do Leaf, que é o carro elétrico mais vendido desde 2010, com mais de 300 mil veículos comercializados. “Já temos fila de espera no Japão, Europa e EUA para o novo Leaf, lançado há seis meses”, afirma. O executivo também comenta a mudança no comportamento dos consumidores e enxerga um grande potencial para o compartilhamento de veículos. “Uma das grandes revoluções, além da tecnológica, será a forma de comercialização do carro”, destaca.
BLOCO 3
Silva fala sobre o mercado automobilístico no Brasil. De acordo com o executivo, o desenvolvimento, o fornecimento, o transporte e a importação de peças têm um custo que não existe nos outros países. E somam-se a isso, impostos, burocracia, insegurança e processos internos. “Precisamos desenvolver e abrir nossa indústria para ganharmos competitividade dentro do próprio País”, afirma. Silva observa que se hoje acabassem todas as barreiras para a importação, a indústria brasileira ficaria muito reduzida. “O Brasil precisa de um programa de desenvolvimento para toda a cadeia produtiva”, destaca.
BLOCO 2
O executivo fala sobre o desempenho da marca na crise. De acordo com o executivo, a empresa teve de rever a base de custos, otimizar produtos e versões, e trabalhou fortemente com a sua rede de concessionárias. Além disso, investiu R$ 750 milhões para trazer o Kicks para o Brasil. “Fui dez vezes ao Japão para mostrar o potencial do Brasil para receber e fabricar o modelo”, afirma. Agora, a montadora japonesa prepara a entrada no segmento de SUVs grandes no País. “Estamos estudando qual veículo terá a melhor aceitação e futuro no mercado brasileiro”, diz.
BLOCO 1
Silva fala sobre o bom desempenho da Nissan no Brasil. De acordo com o executivo, a instalação da fábrica em Resende foi um divisor de águas para a empresa. “Começamos a produzir nossos próprios veículos e criamos a nossa identidade no mercado brasileiro”, conta. O presidente da Nissan lembra que, apesar da recessão econômica, conseguiram convencer a matriz a continuar investindo no Brasil. “Hoje a capacidade de produção da fábrica é de 200 mil carros por ano e exportamos para Argentina, Chile, Peru, Paraguai, Panamá e Costa Rica”, diz.