26/06/2020 - 13:16
A startup Airbnb, considerada uma das empresas de tecnologia mais valiosas dos Estados Unidos, está enfrentando o maior desafio da sua história com a crise do coronavírus. O diretor e fundador da empresa, Brian Chesky, revelou que no começo de março, quando o turismo ficou paralisado em decorrência do isolamento social, a empresa quase perdeu tudo.
Em entrevista à rede americana CNBC, divulgada pela BBC Brasil, o executivo conta que foi necessário reduzir drasticamente os custos operacionais da empresa. Uma das medidas foi a demissão de 1,9 mil pessoas, 25% de seus empregados, e o corte de gastos com marketing.
+ Airbus tem prejuízo líquido de € 481 milhões no 1º trimestre
+ ‘As pessoas não vão deixar de viajar’, diz diretor-geral do Airbnb
+ Airbnb demite 25% dos funcionários no mundo por impacto da pandemia
Sem previsão para o fim da pandemia, Chesky se diz otimista com o setor, mas afirmou que a empresa está preparada para o pior. Segundo o diretor, as medidas adotadas deram estrutura para o Airbnb ultrapassar outras possíveis quarentenas.
Para este ano, a startup estima que terá menos da metade das receitas de 2019. No entanto, Chesky conta que, ainda que a empresa não tenha se recuperado, nos últimos meses, ela tem registrado uma movimentação. No final de maio e começo de junho, o Airbnb registrou o mesmo volume de reservas que no ano anterior nos Estados Unidos. A empresa também não teve diminuição nos imóveis cadastrados.
O diretor prevê que o turismo não será mais o mesmo. Para ele, haverá uma redistribuição dos lugares para onde se viaja. Com base em dados do Airbnb, Chesky acredita que, diante das incertezas em relação ao vírus, o foco será o turismo interno, com viagens a comunidades locais.