A decisão da AES Eletropaulo de fazer um ajuste nas despesas com pessoal deve provocar um efeito recorrente estimado em R$ 30 milhões no resultado anual da companhia. A adequação, conforme explicado pela empresa no material trimestral divulgado na quarta-feira, 06, é uma preparação ao 4º Ciclo de Revisão Tarifária, a ser implementado em 2015. Na prática, a distribuidora de energia passou a contabilizar parte das despesas de capex, ou seja, investimentos, como opex, ou seja, despesas operacionais.

A despeito do realinhamento de despesas, a previsão de investimentos da AES Eletropaulo para 2014 se manteve. Da mesma forma, destacou o diretor vice-presidente e de Relações com Investidores da Eletropaulo, Gustavo Pimenta, a companhia mantém o objetivo de manter controlada as despesas com custos gerenciáveis.

“Vamos acomodar esses R$ 30 milhões dentro de nossas projeções, no sentido de não crescer os custos gerenciáveis em níveis acima da inflação no ano de 2014”, afirmou Pimenta em teleconferência com analistas e investidores realizada nesta manhã. O executivo também revelou que os resultados da Eletropaulo serão impactados por um efeito não caixa e não recorrente estimado em R$ 50 milhões até o final do ano.

O efeito virá do que foi classificado por Pimenta de saneamento de obras, uma prática na qual a companhia revisitou obras em andamento para avaliar se as projeções feitas no passado, com a mão de obra da época, estava aderente ao novo critério de distribuição de despesas entre opex e capex. “Essa medida vai, provavelmente, gerar uma contabilização de R$ 50 milhões neste ano”, informou.