Na década de 1990, um jovem empresário do setor de confecção ficou famoso por atuar como mecenas para muitas bandas de rock e rap que estavam no início de carreira. Filho de libaneses, Alberto Hiar ganhou o apelido “Turco Loco” e a reputação de ajudar artistas a entrar no circuito comercial por meio de um apadrinhamento que era bom para as duas partes. O empresário não só colocava dinheiro do próprio bolso como fornecia o figurino e uma excelente rede de contatos, essencial para profissionalizar as revelações que caíam em suas graças. Em troca, ganhava exposição — tanto para as marcas que administrava quanto para sua própria imagem, a ponto de se eleger vereador e deputado estadual pelo PSDB em São Paulo. Como político, além de fomentar a indústria criativa, ele chegou até a evitar a prisão de músicos detidos durante um show de rap no Vale de Anhangabaú.

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Foi a costura de moda, música e atitude que deu origem à grife Cavalera, em 1995. Em sociedade com o então baterista do Sepultura, Igor Cavalera, Turco Loco lançou a marca da qual seria também diretor criativo.

Com o tempo, vieram as barbearias, também com músicos nas tesouras e, por fim, um restaurante. O Jamile foi inaugurado em 2015 e tem como sócios o chef Henrique Fogaça e Anuar Tacach (fundador da Out Of Office).

Desde o início da pandemia, o restaurante estabeleceu a meta de fornecer 10 mil marmitas para moradores de rua e agora está arrecadando também cobertores para populações vulneráveis. Os efeitos da covid-19 sobre os negócios da moda e as iniciativas solidárias que fazem a diferença serão alguns dos temas da live da DINHEIRO com Turco Loco nesta quinta-feira (25), às 17h.

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