18/03/2022 - 12:11
Por Lisandra Paraguassu
BRASÍLIA (Reuters) – O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin usou suas redes sociais, nesta sexta-feira, para confirmar sua filiação no PSB, que acontecerá na próxima semana, e defender que o momento político atual pede união.
“O tempo da mudança chegou! Depois de conversar muito e ouvir muito eu decidi caminhar com o Partido Socialista Brasileiro – PSB. O momento exige grandeza política, espírito público e união”, escreveu o ex-governador.
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Como mostrou a Reuters, a cerimônia preparada pelo PSB será na semana que vem, em Brasília, em um ato simbólico em que serão recebidos também outros tucanos que deixaram o PSDB com Alckmin, como o ex-presidente do partido em São Paulo Pedro Tobias, e o ex-secretário de Alckmin no governo Floriano Pesaro.
O próximo passo será o convite oficial para que Alckmin seja o candidato a vice na chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A negociação já está fechada e Alckmin conversou com Lula antes de anunciar publicamente sua decisão, mas os dois partidos –que não fecharam uma federação, como era a ideia inicial, mas acertaram uma coligação nacional– pretendem fazer um anúncio formal depois da filiação de Alckmin.
Em sua publicação, o ex-governador não cita a candidatura, ainda não oficializada, apenas indica uma atuação nacional.
“A política precisa enxergar as pessoas. Não vamos deixar ninguém para trás. Nosso trabalho para ajudar a construir um país mais justo e pronto para o enfrentamento dos desafios que estão postos está só começando”, escreveu.
O anúncio oficial das candidaturas de Lula e Alckmin já foi adiado várias vezes. O ex-presidente esperava uma decisão sobre o partido ao qual Alckmin iria se filiar e também as negociações para formação de uma federação e de coligações.
Lula ainda trabalha para tentar ampliar os apoios do PT no primeiro turno, incluindo além do PV, PCdoB, PSB e Solidariedade, o PSOL e a Rede, que devem formar uma federação, e ainda tem esperanças, mesmo que pequenas, de atrair o PSD, se o partido desistir de um candidato próprio. Antes de anunciar sua candidatura, o ex-presidente está conversando com todos os possíveis aliados.
De acordo com uma fonte, o anúncio oficial, em um ato público em São Paulo, deverá ser feito depois da Páscoa, possivelmente mais próximo do final de abril, em um dia ainda a ser definido. Uma das possibilidades levantada é o 1º de Maio, em que as centrais sindicais normalmente fazem uma grande manifestação e voltarão a fazê-lo ao vivo este ano, depois de dois anos virtuais por causa da pandemia.