24/03/2025 - 14:47
O presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin, voltou a elogiar o foco do Federal Reserve (Fed, banco central americano) nas decisões sobre política monetária ao núcleo de inflação, que exclui itens voláteis como alimentos e energia. Para Alckmin, a medida é inteligente e deve ser estudada pelo Banco Central.
“É uma medida inteligente. Realmente aumenta os juros naquilo que pode ter mais efetividade na redução da inflação”, frisou. “A inflação não é neutra e atinge muito mais o assalariado, que todo dia vê o seu salário perder o poder aquisitivo. Entendo sim que é uma medida que deve ser estudada pelo Banco Central brasileiro”, disse.
Alckmin argumentou, no caso dos alimentos, que alterações climáticas elevam o preço dos itens – e não será o juro alto capaz de reduzir o preço. “Não adianta aumentar os juros que não vai chover”, afirmou, durante o evento Rumos 2025, organizado pelo jornal Valor Econômico. “Só prejudica a economia e, no caso do Brasil, pior ainda, porque aumenta a dívida pública”, frisou.
Alckmin ainda usou o comportamento do petróleo como exemplo. “Não adianta aumentar juros que não vai baixar o preço do barril de petróleo. É guerra, é geopolítica”, disse.