Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) – Sob pressão, o presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), cedeu e marcou para a semana que vem a sabatina do ex-ministro André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o Supremo Tribunal Federal, mas uma data específica ainda não foi informada.

Depois de quatro meses segurando a sabatina de Mendonça, Alcolumbre anunciou um esforço concentrado para a próxima semana para fazer a sabatina de vários nomes indicados para o governo para cargos diversos em agências reguladoras, conselhos e outros. Mendonça estará entre eles.

Depois de um longo discurso para responder acusações de que teria tornado inoperante órgãos do governo por segurar as sabatinas em uma tentativa de evitar a nomeação de Mendonça, Alcolumbre reclamou ainda de ter sido atacado por questões religiosas. O senador é judeu, e Mendonça, evangélico, é defendido por parlamentares e líderes da religião.

O período de esforço concentrado acontece entre a segunda, dia 29, e o dia 3 de dezembro, mas a data específica não foi ainda determinada por Alcolumbre. Uma das razões é porque, além das sabatinas, a CCJ poderá votar semana que vem a PEC dos Precatórios, mas não se sabe ainda qual deverá ser o dia da votação.

Alcolumbre disse ainda que oito senadores pediram a relatoria da indicação de Mendonça e fará uma reunião para definir qual será o nome apontado.

Bolsonaro indicou Mendonça para a vaga de Marco Aurélio Mello ao STF no dia 13 de julho deste ano, um dia depois da aposentadoria do ministro. Desde então, o STF funciona com 10 ministros, e havia uma cobrança da Corte pela análise da indicação também por isso.

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