13/09/2006 - 7:00
De tempos em tempos, na internet circula uma lista de ícones dos anos 80 e 70 que fazem quem tem mais de 30 anos relembrar os tempos de infância. Estão entre os citados o jogo Genius, a boneca Fofolete e programas como a TV Globinho e Vila Sésamo. Poucos, entretanto, são tão queridos quanto a Groselha Vitaminada Milani ? aquela das carinhas que dançavam no comercial, cantando “Iahhhooo!!”. Criada em 1955, a Groselha é ainda hoje líder de mercado, com estimados 30% de participação. Por muito tempo, o xarope vermelho para fazer refrescos foi o único produto da Milani. Mas nos últimos dois anos, desde que foi comprada pelo grupo Arbeit (que atua nos ramos de energia, agronegócio, construção, têxtil e químico), a Milani passa por uma grande reformulação que inclui a diversificação dos produtos.
Com sede em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, a empresa produz hoje, além da groselha, sucos concentrados, o biscoito de fibras Fibraxx, a linha de sucos orgânicos Maraú ? que também é líder de mercado ? e a groselha Naturabella, destinada ao uso gastronômico e ao preparo de coquetéis. ?Vamos diversificar ainda mais?, diz Marshall Sousa Campos, diretor de marketing da empresa. Ele não revela, mas os novos produtos devem chegar no final do ano. Sabe-se apenas que a Milani continuará focada na área de sucos, um segmento em expansão no mundo todo. O suco Maraú, que é feito com ingredientes naturais e sem o uso de conservantes, por exemplo, tinha no ano passado vendas da ordem de R$ 2 milhões. Este ano, o faturamento do produto já pulou para cerca de R$ 3,8 milhões.
A groselha, por sua vez, tem mercado garantido. ?É a única marca que está em todos os Estados?, conta Campos. Trata-se de um grande diferencial, uma vez que todos os concorrentes são pequenos fabricantes regionais. Sua fórmula é a mesma de 51 anos atrás e o produto ainda é um dos carros-chefe da Milani, responsável por 30% do faturamento de R$ 24 milhões. Fica atrás apenas da linha de sucos concentrados, dona de quase 35% das vendas e que este ano deve ter crescimento de 10%. Nada mal para uma empresa que nasceu pequena, da iniciativa do imigrante italiano Celeste Milani.