Dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do Deutsche Bundesbank (o BC alemão), Jens Weidmann afirmou nesta segunda-feira, 5, que a recuperação da maior economia da Europa parecia que ocorreria em formato de V, isto é, de forma rápida e vigorosa, mas estagnou nos últimos meses.

“Essa desaceleração era esperada. A recuperação da economia da Alemanha provavelmente será prolongada e permanecerá incompleta por algum tempo”, destacou, durante evento virtual organizado pela Escola de Finanças e Administração de Frankfurt.

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Weidmann ressaltou que o pior momento da crise já foi superado. No entanto, ele acredita que as incertezas ainda estão em níveis elevados, já que a retomada depende da capacidade do governo em controlar a pandemia e evitar novas restrições ao movimento.

“A política monetária está desempenhando um papel nisso. Proporcionar ampla liquidez aos bancos, aliada a baixas taxas de juros, é fundamental para que a crise econômica não seja agravada pelo sistema financeiro”, pontuou.

O dirigente alertou ainda para o risco de que empresas que, antes da recessão, tinham fundamentos sólidos não consigam atravessar o período de dificuldades, causando uma onda de falências. “É aí que entra a política fiscal”, disse.