Quais são as áreas de atuação da Valora Investimentos?
Hoje nós temos quatro grandes áreas: renda fixa de crédito privado com três fundos (Absolute, Guardian e Horizon); renda fixa de crédito estruturado; fundos imobiliários; e de participações. Para exemplicar, na área de produtos estruturados nós temos basicamente FIDCs, que são investimentos em direitos creditórios. Eu sou responsável pela parte de fundos imobiliários, que possui uma carteira que investe em certificados de recebíveis (CRI) indexados na taxa de juros de mercado (DI). E os demais segmentos são dedicados em infraestrutura (FIP) e agronegócio (Fiagro).

Na semana passada o IFIX teve o pior pregão desde 25 de junho de 2021. Por que isso aconteceu?
Claramente isso é um reflexo das incertezas econômicas que causaram uma alta na curva dos juros futuros. Apesar do IFIX (Índide de Fundos Imobiliários da B3) ter um peso muito grande de fundos de recebíveis, a realidade é que existe uma relação negativa muito forte entre os juros e o índice, ou seja, quando sobem as taxas, o indicador do setor recua. E na última semana, o juro disparou após falas do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. O mercado temeu um descompasso fiscal em prol de medidas sociais de combate à pobreza. Isso gerou uma indefinição de qual vai ser a política fiscal do novo governo.

O melhor para o investidor seria ir para renda fixa nesse momento e deixar a renda variável de lado?
Eu avalio que sempre existe espaço na carteira do investidor para a renda variável (ações). Mesmo que a renda fixa possa estar mais rentável em alguns momentos, é interessante ter exposição a outras modalidades de investimentos. Os fundos imobiliários, por exemplo, também devem estar na carteira, principalmente quando a proposta é construir uma renda para o futuro.

Quais fundos imobiliários podem render acima da taxa básica (Selic) de 13,75%?
Atualmente temos dois tipos principais de investimentos imobiliários. Um tipo reúne os fundos de tijolo (que possuem prédios, galpões e outros imóveis). Esses distribuem dividendos para os acionistas com base em aluguéis. Esses não devem render tanto. Já o outro tipo, de carteiras que possuem recebíveis imobiliários indexados a juros (DI), tendem a render mais que a Selic por causa do prêmio adicional de risco.

NOTAS

Genial cria série sobre diversidade

A Genial Investimentos informou na segunda-feira (21) que lançou uma série sobre diversidade e mais de 1 mil vagas para um curso gratuito de formação de assessores de investimentos negros. Chamada de GeniAll, a série web traz entrevistas com convidados que são referências da comunidade negra. Já o curso gratuito para formação de assessores de investimentos é fruto de uma parceria da Genial com a com a Top Invest. As inscrições devem ser realizadas no site da Genial.

BTG Pactual faz estreia no Chile

O BTG Pactual informou que lançou sua plataforma de investimentos no Chile. Esta é a primeira expansão internacional da área de plataformas digitais. A nova ferramenta também atuará com conteúdo informativo, com notícias em tempo real de cotações, conteúdos sobre economia e mercado financeiro. “É mais um importante passo para promovermos nossa expansão internacional e levar nossa plataforma digital de investimentos para outros países, como o Chile”, disse Marcelo Flora, sócio do BTG Pactual.

TC Pandhora lança fundo multimercados

A TC Pandhora lançou recentemente o TC Cosmos, um fundo multimercado com foco em investimentos em ações, câmbio, derivativos, mercado offshore, entre outros. Em seu lançamento o fundo abre a possibilidade de aportes a partir de R$ 500. “É uma forma de as pessoas diversificarem a carteira de investimentos e planejarem a realização de algum objetivo, como fazer uma viagem, comprar um carro, um imóvel ou mesmo acumular para investir mais ao longo do tempo”, afirmou o CEO do TC, Pedro Albuquerque.

Em alta
5,88%

É a alta na inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) projetada para o acumulado de 2022 no mais recente boletim Focus, do Banco Central. O dado é um pouco maior que o da semana anterior (5,82%). O boletim, que é elaborado com projeções do mercado, também estima crescimento do PIB na casa dos 2,8% na soma do ano, em linha com a previsão anterior. Já o dólar deve terminar 2022 a R$ 5,25. A taxa média de juros, medida pela Selic, deve fechar a 11,5% ao ano em 2023.

Em baixa
0,59% 

Foi a queda acumulada pelo Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na semana passada. No mês anterior, o índice havia registrado variação de -1,04%. Com esse resultado, ele acumula alta de 5,70% no ano e de 5,55% em 12 meses. Em novembro de 2021, o índice subiu 1,19% no mês e acumulou elevação de 19,78% em 12 meses. “Nesta apuração, os três índices componentes do IGP registraram avanço da inflação”, afirmou o economista da FGV André Braz.