A QR Asset possui quantos ETFs de criptoativos listados na Bolsa?
Nós temos três ETFs registrados, o primeiro deles, o QBTC11, foi pioneiro em bitcoins na América Latina em meados de 2021, e o segundo do mundo, depois de um ETF do Canadá. Ele é 100% bitcoins, de compra direta do ativo, numa grande vantagem da legislação brasileira, em relação aos EUA. Logo depois, lançamos o ETF de Ethereum, o QETH11 um grande sucesso no mercado local. Juntos, eles representam quase 90% de market cap (valor de mercado). E o nosso terceiro ETF é o QDFI11, o primeiro de finanças descentralizadas do mundo, em parceria com a Bloomberg, que faz a curadoria do índice.

Logo depois dos lançamentos, houve atração de investidores, mas depois veio a baixa dos criptos. Como foi lidar com o público nessa queda?
Tivemos cuidado com o suitability, com o perfil do nosso público. São produtos racionais em matéria de custos operacionais e segurança na Bolsa em relação às exchanges. Mas infelizmente muita gente entrou na alta, no final da festa, quando o Fed, o Banco Central dos EUA, começou a aumentar os juros e pegamos um ciclo negativo. O ETF de bitcoins caiu mais de 60% no ano passado, queda expressiva. Mas outros investimentos de tecnologia também caíram como Amazon, Netflix, Tesla.

A QR perdeu clientes nessa baixa dos criptoativos?
Não. Houve uma queda do valor dos ativos, mas nós ganhamos mais cotistas. Por incrível que pareça, as pessoas viram o momento como uma oportunidade de compra.

Com a nova alta dos juros nos EUA, as quedas de criptos vão continuar?
Está se aproximando do fim do ciclo de alta, de um juro da ordem de 5% ao ano. Quando começar a cair, vai ser um momento de mudança com preço positivo para criptos.

NOTAS

Suno lista fundo de infra na b3

A Suno Asset listou na B3 no dia 7 seu primeiro fundo de debêntures incentivadas de infraestrutura, o Suno Infra SNID11, com R$ 35 milhões em patrimônio e preço inicial de R$ 100 por cota. “É um fundo de crédito privado com 12 debêntures incentivadas. É mais um produto da casa e não devemos parar por aí”, afirmou o fundador do Grupo Suno, Tiago Reis. Entre fundos abertos ao público, a Suno Asset registra quatro fundos imobiliários, dois de ações, um Fiagro (fundo do agronegócio) e um de previdência.

Levante busca tamanho para ipo

O grupo Levante Investimento, que reúne empresas de análise e de gestão de recursos, busca ganhar tamanho para abrir capital na Bolsa, indicou o fundador e estrategista-chefe, Rafael Bevilacqua. “Tivemos um crescimento forte em 2022, acima de 50%, na contramão do mercado. Em breve, teremos novidades, estamos consolidando uma aquisição (OHM) e mais empresas devem se juntar a nós”, afirmou Bevilacqua. “Um dos nossos objetivos é estar presente na Bolsa, nascemos para o mercado de pessoas físicas”, disse Bevilacqua.

Teva estuda ETF com dividendos

Após os ETFs que pagam proventos serem permitidos para listagem e negociação na B3 desde o último dia 30, a Teva está em conversas com participantes do mercado para um futuro índice no segmento. O futuro produto da Bolsa terá possibilidade de pagamentos de dividendos mensais. “A gente pretende ter um índice para ETF de dividendos. Nós estamos conversando e trabalhando com alguns clientes (gestoras), mas ainda não há nada oficial”, afirmou João Paulo Fernandes, Head de Pesquisa Quantitativa da Teva Indices.

Divulgação

“O sonho de todo empreendedor é abrir capital na bolsa, e depois de aberto, fechar” Guilherme BenChimol fundador da XP, em evento Smart Summit, no Rio.

US$ 76,05 bilhões foi a receita registrada pelo Google no quarto trimestre de 2022, alta de 1% na comparação com o mesmo período de 2021. O lucro líquido da empresa ficou em US$ 13,6 bilhões, queda de 34%. No ano até terça-feira (7), as ações do Google subiram 22,95%.

R$ 12,9 bilhões foi o lucro líquido do Santander Brasil no acumulado de 2022. O número representa queda de 21,1% na comparação com o mesmo período de 2021. O resultado operacional ficou em R$ 14,8 bilhões, queda de 40,6%. O Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) ficou em 16,3% em 2022.

+5,19%

Foi a alta das ações da São Martinho na semana entre a quarta-feira (1) e a terça-feira (7), enquanto o Ibovespa caiu 4,93%. Para o sócio da A7 Capital André Fernandes, o avanço aconteceu em meio às expectativas do resultado da companhia, que serão divulgados na segunda-feira (13). “A alta do preço do açúcar, que chegou ao maior patamar em cinco anos, empolgou o mercado.”

-16,08%

Foi a queda das ações da BRF na primeira semana de fevereiro. Segundo o fundador da Gava Investimentos, Ricardo Brasil, a baixa se deu após o resultado da Tyson Foods mostrar margens apertadas por causa de um menor consumo de carne. “Outro ponto é que Itaú BBA e Santander divulgaram relatórios afirmando que as margens da BRF ficariam mais apertadas por pressão de preços”, afirmou.