06/01/2023 - 3:30
As ações do IRB e Americanas recuaram 78,61% e 68,75%, respectivamente, em 2022. Ambas foram as maiores quedas do Ibovespa. Por que isso aconteceu?
A resseguradora fez uma oferta de ações para captar R$ 1,2 bilhão, aprovou grupamento de ações a ser efetivado em 25 de janeiro de 2023, trocou a presidência e os resultados seguiram decepcionando até o terceiro trimestre. Já as ações da Americanas acompanharam a deterioração do cenário macroeconômico, dinâmica de e-commerce frente ao aumento de competição e a derrocada das ações varejistas, impactadas pelao ciclo de alta de juros.
O que o investidor pode esperar dessas duas ações para o ano de 2023?
O resultado de outubro do IRB deu alguma esperança de possível virada, mas a empresa ainda precisa mostrar melhora operacional com a nova gestão, além de dirimir os temores de um novo aumento de capital. A Americanas começa 2023 com um novo CEO e tem o desafio de superar o cenário macroeconômico adverso, enquanto busca melhorar a integração de canais físicos e on-line e equilibrar a alta alavancagem (endividamento).
Por outro lado, Cielo e Prio tiveram as maiores altas, com avanço de 140,20% e 80,02%. Por quê?
Foi um ano de redenção para Cielo e de continuidade para a Prio, antiga PetroRio.
A credenciadora de cartões encerrou uma sequência de quatro anos de queda, período no qual acumulou desvalorização de 87%. Em 2022, diversos players elevaram suas recomendações para Cielo em reflexo da melhoria nos resultados, maior controle de custos, recuperação de market share aliado à maior rentabilidade. Já a Prio se beneficiou do movimento de rotação dos ativos da Petrobras, devidos aos riscos de ingerência, além da consolidação da estratégia de aquisições, como a combinação de
negócios com a Dommo.
O mercado deve continuar otimista com essas duas empresas?
A Prio pode se beneficiar da fuga dos investidores dos riscos de ingerência na Petrobras, visando a manutenção da exposição ao setor. Espera-se que a companhia continue com forte crescimento com a incorporação de Albacora Leste, nova fase de revitalização de Frade e a produção do campo de Wahoo. E o mercado passou a esperar pela manutenção da tendência e melhores resultados operacionais da Cielo, com elevação nas recomendações. Tanto Prio quanto Cielo operam com potencial.
NOTAS
Gestora corta 56% da participação no Twitter
A gestora Fidelity cortou sua participação no Twitter em 56% no mês de novembro, mostra relatório mensal divulgado pela empresa na segunda-feira (2). A redução aconteceu após a compra da companhia pelo bilionário Elon Musk. A participação era avaliada em US$ 8,6 milhões em 30 de novembro, ante US$ 19,66 milhões no final de outubro. A Fidelity fez parte do grupo de investidores institucionias que apostaram na compra de bilionário Elon Musk e investiram US$ 316 milhões durante a transação.
Mag faz acordo com Ação da Cidadania
A Mag Investimentos informou na segunda-feira (2) que fechou uma parceria com a Ação da Cidadania por meio do fundo MAG CP 30, que contribuirá com aportes financeiros diretos ao projeto. O movimento é formado por comitês locais da sociedade civil organizada com o intuito de suprir as necessidades de milhões de brasileiros que estão abaixo da linha da pobreza. Para o diretor de investimentos da Mag, Claudio Pires, o acordo com a Ação da Cidadania é uma tentativa de abrir os horizontes. “A ideia é ampliar nossa participação”, disse.
SulAmérica cria fundo com Quasar ASSET
A SulAmérica Investimentos lançou um novo fundo de previdência em parceria com a Quasar Asset, informou a companhia na segunda-feira (2). O produto, chamado de SulAmérica Quasar Prev FI RF Crédito Privado, promete o retorno de 100% do CDI e mais um adicional de 1% ao ano. Os gestores farão alocações em ativos como debêntures, letras financeiras, CDBs e FIDCs de baixo risco de crédito (limitado a 20%). O fundo cobra taxa de administração de 0,9% ao ano e liquidez em D+7 (ou seja, uma semana para resgate das cotas).
EM ALTA
0,6
Ponto. Foi a alta registrada pelo Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na sexta-feira (30). Com a elevação o indicador ficou em 112,7 pontos, maior nível desde agosto deste ano (116,6 pontos). “O resultado foi influenciado pelas incertezas da transição de governo e o direcionamento das políticas econômicas do próximo ano, com destaque para a condução da política fiscal”, afirmou a economista do FGV-IBRE Anna Carolina Gouveia, em comunicado.
EM BAIXA
1,6%
Foi a queda do preço da gasolina nos postos do País em dezembro, segundo levantamento feito pela ValeCard e divulgado na terça-feira (3). O combustível encerrou 2022 com preço médio de R$ 5,166 por litro. A redução em dezembro foi registrada após uma alta de 1,78% ocorrida em novembro. De acordo com a pesquisa, o Rio Grande do Sul foi o estado que encerrou dezembro com a gasolina mais barata do País, com o preço médio em R$ 4,941 por litro. Já o Acre ficou com o preço mais alto, a R$ 6,324 por litro.
