A queda nos preços dos alimentos puxou a desaceleração na inflação ao consumidor dentro do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) em maio, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI) teve um avanço de 0,22% em maio, após uma alta de 0,63% em abril.

Sete das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas. O destaque foi o grupo Alimentação, que passou de um aumento de 0,63% em abril para um recuo de 0,37% em maio. O item hortaliças e legumes saiu de 8,15% para -4,68% no período.

Os demais decréscimos ocorreram nas taxas dos grupos Transportes (de 0,99% para 0,49%), Vestuário (de 0,89% para 0,27%), Educação, Leitura e Recreação (de 0,50% para 0,10%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,84% para 0,62%), Despesas Diversas (de 0,61% para 0,23%) e Comunicação (de 0,07% para -0,23%).

Houve influência dos itens: tarifa de ônibus urbano (de 1,72% para 0,05%), roupas (de 0,87% para 0,37%), passagem aérea (de -1,14% para -5,19%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,76% para -0,29%), bilhete lotérico (de 31,63% para 11,44%) e pacotes de telefonia fixa e internet (de 0,12% para -1,05%).

Na direção oposta, a taxa foi mais elevada apenas no grupo Habitação (de 0,37% para 0,54%), sob pressão da tarifa de eletricidade residencial (de 0,49% para 1,99%).

Núcleo

O núcleo do IPC-DI registrou alta de 0,27% em maio, ante um avanço de 0,41% em abril. Dos 85 itens componentes do IPC, 45 foram excluídos do cálculo do núcleo.

Difusão

O índice de difusão, que mede a proporção de itens com aumentos de preços, foi de 49,11% em maio, 16,87 pontos porcentuais abaixo do resultado de 65,98% registrado em abril.