11/01/2022 - 12:10
A pandemia causada pela Covid-19 ainda gera impacto e transformações em diversos setores da economia. Um deles é o aumento de clubes de assinatura, que cresceram 19,12% em 2021, segundo levantamento da Betalabs, empresa de tecnologia especializada em soluções para e-commerce.
Além do aumento das compras pela internet de maneira geral, ganham espaço empresas ligadas à economia circular, que otimizam processos de fabricação e reduzem o impacto ambiental da exploração de recursos. Um estudo da ABCOMM de 2020 aponta que compras por assinatura movimentaram ao menos R$ 1 bilhão no Brasil através de mais de 4 mil empresas.
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Uma dessas iniciativas é da Allugator, que promove assinatura de aparelhos eletrônicos focado em produtos da Apple. Em vez de comprar um iPhone 13 Pro Max 256GB por mais de R$ 10 mil, a empresa permite alugá-lo por R$ 4.757 por ano. Modelos mais baratos, como o iPhone 12 64GB sai por R$ 203 mensais.
“Estamos em um momento de uma segunda revolução que vai melhorar o capitalismo, de pagar pelo acesso e não pela propriedade. Vejo como tendência porque a lógica da economia circular faz com que a economia funcione melhor. O modelo de assinatura é mais fácil, prático e barato”, diz Cadu Guerra, fundador da Allugator.
Fundada em 2016, a empresa já recebeu alguns investimentos – o mais recente foi um aporte de R$ 42 milhões do Sapiensbank, banco que investe em iniciativas com impacto ambiental positivo. Cadu diz ainda que espera mais algumas centenas de milhões em investimentos neste ano.
“A gente acredita que constrói o futuro do varejo: grande ecossistema de consumo às assinaturas de celular, video-games, televisão. Queremos expandir a outros produtos”, conta Guerra.
A Allugator também permite o investimento de Pessoa Física através do Allugator Invest. Como são títulos de crédito pré-fixado, com lastro nos aparelhos celulares financiados, trata-se de um investimento de baixo risco que pode ser feito por qualquer pessoa que aposte no modelo de negócios.
A Allugator conta, atualmente, com 5 mil assinaturas ativas, número que foi quintuplicado em um ano. Cadu projeta terminar o ano entre 30 e 50 mil clientes ativos.
Hub Home Box
O marketplace de clubes de assinatura fundado por Luciana Pimenta foi uma das startups aceleradas pelo Programa Shark Tank Brasil, da Sony. Fundada há apenas um ano, a empresa já conta com 100 clubes associados, o que chamou atenção da “tubarão” Carol Paiffer, sócia-fundadora da Atom S/A, que investiu R$ 940 mil no negócio por 30% das ações.
“A partir de uma experiência pessoal, identifiquei que, por um lado, localizar clubes de assinatura não era uma tarefa fácil, mesmo com os recursos digitais atuais. Por outro, muitas empresas poderiam transformar suas soluções e produtos em uma assinatura. Desta forma, nasceu o Hub Home Box, um verdadeiro ponto focal sobre clubes de assinatura para diferentes perfis de consumidores no Brasil”, afirma a fundadora e CEO da Hub Home Box, Luciana Pimenta.
O marketplace conta com 70 mil sessões por mês e ticket médio de R$ 120 e aumenta as vendas a cada mês, com destaque às assinaturas de atividades manuais, alimentos e lingeries.
Veja os setores com mais assinaturas, segundo pesquisa da Betalabs:
1 – Livros: 25% do total de clubes de assinatura;
2 – Bebidas: 20%;
3 – Alimentos: 16%;
4 – Cuidados pessoais: 12%;
5 – Pet: 10%