16/07/2008 - 7:00
O PRIMEIRO CONTATO DO chef Edinho Engel com a gastronomia foi aos três anos de idade na cozinha de uma fazenda, no interior de Uberlândia, Minas Gerais, a quilômetros de distância do mar. Para quem conhece sua história, soa estranho. Edinho, de 53 anos, é considerado um dos grandes mestres na arte de preparar peixes e frutos do mar. Mais: é um talentoso homem de negócios que transformou um pequeno quiosque que servia marmitas para surfistas em dois requintados restaurantes à beiramar. Juntos, o Manacá, em Camburi, litoral norte de São Paulo, e o Amado, localizado ao lado da Baía de Todos os Santos, em Salvador, atendem cerca de 4,4 mil clientes por mês. ?Sou um apaixonado pela gastronomia?, revela Edinho Engel. Paixão que se confirma através dos números. Ao todo, os dois restaurantes faturam cerca de R$ 6,5 milhões por ano.
Para chegar a esse patamar, ele levou 20 anos. Como o quiosque prosperava, ele decidiu se especializar. Edinho começou a freqüentar cursos de cozinha no Senac, em São Paulo, e fez estágios com outros chefs. ?Estudei tudo sobre peixe?, conta. Hoje, o Manacá possui uma área de 450 metros quadrados, com capacidade para 90 pessoas. Seus 40 pratos ? a maioria desenvolvidos por ele ? variam entre R$ 17 e R$ 90. Com o sucesso do Manacá, Edinho decidiu ampliar o seu negócio e, em 2006, abriu o Amado, em Salvador. Lá, o local, com capacidade para 120 pessoas, serve, em média, 60 pratos diferentes. Como exemplo, uma moqueca de camarão e caju com purê de inhame. ?Um dos segredos do sucesso do negócio dele está na combinação dos pratos típicos da região com a sua criatividade?, diz Paulinho Martins, dono da empresa Consultoria e Soluções em Gastronomia. Nada mal para quem nasceu em um Estado sem saída para o mar.