Definida como “performance drink”, a Overclock quer ser uma alternativa aos energéticos. Ela é uma bebida em pó que pode ser misturada preferencialmente com água, com a proposta de melhorar as respostas cognitivas.

“A ideia surgiu dentro da minha casa. Meus filhos entrando na adolescência, gamers, e começaram a consumir bastante energético, para performar melhor no jogo. A coisa aumentou muito e me preocupei. Assim, comecei a pesquisar alternativas”, explica a fundadora da bevtech, Karina Amaral, com exclusividade à ISTOÉ DINHEIRO.

Karina Amaral, fundadora da Overclock – Crédito: Divulgação

Segundo ela, o produto surgiu com o objetivo para melhorar a resposta cognitiva e um produto que faça bem para a saúde e eficiente. Ele melhora o foco, concentração e memória a longo prazo.

“Os energéticos que os gamers e estudantes usam não é um produto desenvolvido para isso (foco). Foi um produto feito para dar agitação e energia.”

Fora da categoria de energéticos e bebidas funcionais, Karina resolveu então denominá-la como “performance drink”. O lançamento ocorreu em fevereiro de 2020, por meio de um aporte de R$ 20 mil, seguindo o clássico modelo MVP de uma startup online. A divulgação era feita de forma orgânica nas redes sociais.

“Dedicamos muito esforço, estudo e dedicação a essa ‘ideia maluca’ de criar um produto sem ‘categoria’ definida no mercado, competindo com gigantes do marketing global. Partiu de uma ideia caseira, e hoje já somos uma realidade no mercado.”

Público

Em um primeiro momento lançado para o público gamer, o produto está encontrando outros consumidores.

“Ocorreu uma recepção muito boa e e a gente sempre cultivou bastante a questão da comunidade (gamer). Conforme fomos crescendo, lançando e fazendo pesquisas, ficamos mais próximos dos nossos clientes e percebemos que eles conheciam a gente por meio dos influenciadores gamers e que se interessavam pelo cenário, mas eram jogadores ocasionais, como mais de 100 milhões de brasileiros.”

Produtos

A Overclock conta com 19 SKUs, sendo dividido principalmente entre a opção clássica e a 2.0, e oito sabores. A diferença é que o “Overclock base” tem cafeína, colina e vitaminas do complexo B e o 2.0 inclui mais vitaminas, como a C, D e A, para melhora da imunidade e atuação como antioxidante das células, para citar.

O tíquete médio do e-commerce é de R$ 170. O 2.0 custa R$ 139, mas também há opções de cupom de desconto.

“O público é A e B, atualmente 90% é masculino e jovem, de 20 a 35 anos. Temos um perfil bem definido e será um desafio entender como ele vai medir ele no varejo físico.”

Overclock 2.0 – Crédito: Divulgação

Novidades

Como novidade, a empresa vai voltar a comercializar o produto em formato de sachê (dose única) como um produto de entrada.

“Vamos fazer várias ações no B2B, no varejo, com esses sachês, no Mundo Verde e Drogaria Iguatemi. Os clientes receberão amostras explicando sobre o produto. Além de eventos, como em corridas.”

Karina promete ainda um novo sabor e um Overclock sem cafeína.

Negócios

Até o final de 2022, a Overclock vendeu apenas em seu e-commerce. No ano passado, o produto passou a ser comercializado em marketplaces – que atualmente representa 30% do faturamento online.

“Da metade de 2023 para cá começamos o trabalho no varejo físico. Estamos em 18 lojas, da Drogaria Iguatemi, pontos próprios do Mundo Verde e temos algumas outras pontuais. Agora, assinamos com duas redes farmas bem grandes para estar em 600 pontos. Nossa meta até o final do ano é chegar em mil pontos.”

A ideia é que o faturamento obtido com as vendas nas lojas ultrapasse o online até o meio do ano.

“O e-commerce cresceu bastante, mas não substitui o varejo físico. Essa é a nossa meta para o ano e estar presente ali em função da marca.”

No entanto, Karina diz que a presença nas lojas também deve impulsionar o online. Ela projeta um faturamento de até R$ 5 milhões no e-commerce e R$ 1,2 milhão no marketplace em 2024.