15/04/2025 - 0:01
O índice FipeZAP de Locação Residencial, que acompanha os preços de locação de apartamentos prontos em 36 cidades brasileiras com base em informações de anúncios veiculados na internet, foi divulgado na madrugada nesta terça-feira, dia 15.
De acordo com o índice, o aluguel subiu acima da inflação no primeiro trimestre e acumulou uma alta de 12,9% em um ano. Com base em informações de 36 cidades, só em março de 2025, ele aumentou 1,15%. Isso representa uma nova aceleração em relação a dezembro (+0,93%), janeiro (+0,96%) e fevereiro (+1,07%).
Entre os tipos de imóveis, as unidades que possuíam um dormitório apresentaram uma valorização relativamente mais acentuada do aluguel (+1,45%), contrastando com o incremento menos expressivo entre aquelas com quatro ou mais dormitórios (+0,95%).
Com respeito a outros índices e preços, o IPCA/IBGE exibiu uma inflação ao consumidor de 0,56% e o IGP-M/FGV, um decréscimo de 0,34% nos preços da economia brasileira. Em paralelo, o Índice FipeZAP apurou uma desaceleração dos preços de venda de imóveis residenciais (+0,60%).
Considerando as 36 cidades monitoradas, 35 apresentaram valorização do aluguel, incluindo 21 das 22 capitais que integram a lista: Vitória (+3,29%); Campo Grande (+3,06%); Teresina (+2,36%); Maceió (+2,21%); Fortaleza (+2,16%); Florianópolis (+1,80%); Natal (+1,77%); Cuiabá (+1,75%); João Pessoa (+1,67%); Belo Horizonte (+1,64%); Rio de Janeiro (+1,47%); Curitiba (+1,28%); Belém (+1,19%); Aracaju (+1,15%); São Paulo (+1,08%); Salvador (+0,97%); Recife (+0,87%); Goiânia (+0,59%); Manaus (+0,56%); Porto Alegre (+0,51%); e São Luís (+0,41%).
Em Brasília, os preços recuaram 0,10% no período.
Considerando o primeiro trimestre de 2025, o Índice FipeZAP de Locação Residencial acumulou uma alta de 3,22%, superando as variações exibidas pelo IPCA/IBGE (+2,04%) e pelo IGP-M/FGV (+0,99%).
Em termos geográficos, os aumentos também abrangeram 34 das 35 localidades, incluindo 21 das 22 capitais mencionadas: Campo Grande (+8,47%); Aracaju (+7,28%); João Pessoa (+6,70%); Maceió (+6,61%); Salvador (+6,47%); Belém (+5,80%); Manaus (+5,78%); Vitória (+4,56%); Belo Horizonte (+4,52%); Teresina (+4,42%); São Luís (+4,25%); Natal (+4,25%); Rio de Janeiro (+4,03%); Fortaleza (+3,86%); Florianópolis (+3,63%); Goiânia (+3,39%); São Paulo (+3,28%); Recife (+3,09%); Curitiba (+3,00%); Cuiabá (+1,97%); e Porto Alegre (+1,61%).
Também neste caso, Brasília foi a exceção, apresentando um declínio de 2,73% nos preços de locação residencial no trimestre.
O aluguel residencial acumulou uma valorização de 12,91% nos últimos 12 meses. Comparativamente, o comportamento do Índice FipeZAP nesse recorte temporal também se manteve acima das variações do IPCA/IBGE (+5,48%) e do IGP-M/FGV (+8,58%).
Imóveis com quatro ou mais dormitórios se valorizaram acima da média nesse intervalo (+15,85%), contrastando com o aumento relativamente menor entre as unidades com três dormitórios (+11,57%).
Individualmente, todas as 36 localidades registraram valorização do aluguel nos últimos 12 meses, incluindo as 22 capitais: Salvador (+33,08%); Campo Grande (+27,33%); Porto Alegre (+24,98%); Fortaleza (+17,24%); Belo Horizonte (+15,79%); Belém (+15,20%); Teresina (+14,72%); Recife (+14,69%); João Pessoa (+13,66%); Manaus (+13,36%); Natal (+12,55%); São Paulo (+11,94%); Curitiba (+11,86%); Cuiabá (+11,42%); Florianópolis (+9,47%); Goiânia (+9,38%); São Luís (+9,17%); Rio de Janeiro (+8,53%); Aracaju (+7,44%); Vitória (+6,93%); Maceió (+6,64%); e Brasília (+3,29%).
Com base em dados de anúncios de apartamentos prontos nas 36 cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP de Locação Residencial, o preço médio do aluguel foi de R$ 48,03/m² em março/2025.
Os maiores valores foram observados no aluguel de imóveis com um dormitório (R$ 63,54/m²) e os menores, entre unidades eu contavam com três dormitórios (R$ 40,56/m²).
Comparando-se os resultados nas 22 capitais, São Paulo (SP) apresentou o preço médio mais elevado (R$ 59,83/m²), seguida por: Belém (R$ 57,29/m²); Recife (R$ 57,16/m²); Florianópolis (R$ 56,64/m²); São Luís (R$ 54,01/m²); Maceió (R$ 52,11/m²); Rio de Janeiro (R$ 51,57/m²); Manaus (R$ 50,31/m²); Salvador (R$ 48,80/m²); Vitória (R$ 47,18/m²); Brasília (R$ 46,41/m²); Belo Horizonte (R$ 45,10/m²); João Pessoa (R$ 44,08/m²); Curitiba (R$ 43,08/m²); Porto Alegre (R$ 41,36/m²); Cuiabá (R$ 41,20/m²); Goiânia (R$ 40,92/m²); Natal (R$ 38,44/m²); Campo Grande (R$ 35,99/m²); Fortaleza (R$ 34,27/m²); Aracaju (R$ 25,71/m²); e Teresina (R$ 22,82/m²).
Rentabilidade do aluguel
A razão entre o preço médio de locação e o preço médio de venda dos imóveis é uma medida de rentabilidade (rental yield) para o investidor que opta em adquirir o imóvel com a finalidade de obter renda com o aluguel residencial.
Com base em dados de março/2025, o retorno médio do aluguel residencial foi avaliado em 5,88% ao ano, taxa que se manteve em patamar inferior à rentabilidade média projetada para aplicações financeiras de referência nos próximos 12 meses.
Em termos comparativos, a rentabilidade projetada do aluguel residencial foi relativamente maior entre imóveis com um dormitório (6,59% a.a.), contrastando com o menor percentual entre unidades com quatro ou mais dormitórios (4,80% a.a.).
Considerando as 22 capitais monitoradas pelo Índice FipeZAP de Locação Residencial, os maiores retornos anualizados do aluguel foram identificados em: Manaus (8,39% a.a.); Belém (8,37% a.a.); Recife (8,18% a.a.); São Luís (7,96% a.a.); Natal (7,78% a.a.); Cuiabá (7,60% a.a.); Salvador (7,39% a.a.); Campo Grande (7,36% a.a.); João Pessoa (6,83% a.a.); Maceió (6,71% a.a.); Porto Alegre (6,69% a.a.); São Paulo (6,22% a.a.); Goiânia (6,04% a.a.); Brasília (5,93% a.a.); Aracaju (5,78% a.a.); Rio de Janeiro (5,75% a.a.); Florianópolis (5,59% a.a.); Teresina (5,40% a.a.); Belo Horizonte (5,09% a.a.); Fortaleza (4,77% a.a.); Curitiba (4,52% a.a.); Vitória (4,29% a.a.).