Os alunos de medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Santos (FCMS) fazem uma passeata, nesta terça-feira (18), contra o fim do convênio de 50 anos com Hospital Guilherme Álvaro. Os estudantes reclamam que foram surpreendidos com um comunicado de rompimento de vínculo dos alunos com o Guilherme Álvaro, o Hospital-Escola dos estudantes.

A FCMS e o Guilherme Álvaro têm uma parceria de quase 50 anos e, nesse período, os acadêmicos estagiaram no hospital e tornaram funcionários fixos. “Esse direito infelizmente nos foi tirado de uma hora para outra e sem maiores explicações. Não ficou esclarecido o que aconteceu de fato para que perdêssemos um espaço e uma atuação tão importante”, reclama um representante dos estudantes.

O hospital passará a ser utilizado por alunos da faculdade de medicina da Universidade de Ribeirão Preto, do campus do Guarujá. “Estamos muito insatisfeitos com o descaso que está sendo feito com todos os anos de parceria e história entre as duas instituições”, acrescenta.

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“São milhões de reais de dinheiro público e uma gestão que sucateou o hospital e o transformou em máquina de uso político”, disse o médico Gabriel Senise, ex- conselheiro municipal de Saúde e ex-presidente do Conselho do Diretório Acadêmico Arnaldo Vieira de Carvalho.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde informou que “a Universidade de Ribeirão Preto – Campus Guarujá foi selecionada para realização dos estágios em medicina, entre os períodos de 2022 a 2026, após processo seletivo, estruturado dentro das normas estabelecidas pela Coordenadoria de Recursos Humanos da unidade. O hospital reitera ainda que a abertura do edital para escolha da universidade foi disponibilizada para todas as instituições de ensino, incluindo as públicas e privadas. Foi realizada uma análise criteriosa seguindo todas as exigências solicitadas para seleção. Os estudantes que estavam estagiando no hospital serão remanejados pelo gestor anterior para outras unidades para conclusão dos seus estágios”.

Os estudantes da FCMS não concordam com o processo seletivo. “Eles se basearam numa resolução revogada”, afirma Senise.