20/01/2022 - 12:10
Por Jeffrey Dastin
(Reuters) – A receita da Amazon.com para a loja de departamentos do futuro inclui recomendações algorítmicas e o que um diretora da empresa chamou de “armário mágico” no provador.
A varejista online anunciou nesta quinta-feira que abrirá sua primeira loja de roupas este ano, mas com um toque tecnológico. “Não faríamos nada no varejo físico a menos que sentíssemos que poderíamos melhorar significativamente a experiência do cliente”, disse Simoina Vasen, diretora administrativa.
+ Varejo: redes estão mais dependentes da concessão de crédito para sustentar consumo
Com 2.787 metros quadrados, a “Amazon Style”, que ficará perto de Los Angeles, será menor do que uma loja de departamentos típica.
Um modelo das roupas vendidas fica nas prateleiras e os clientes digitalizam um código usando o aplicativo da Amazon para selecionar a cor e o tamanho que desejam. Para experimentar as roupas, que ficam guardadas nos fundos, os compradores entram em uma fila virtual para um provador, que é desbloqueado pelo smartphone quando estiver pronto.
O provador é “um espaço pessoal para você continuar comprando sem ter que sair”, disse Vasen. Cada provador tem uma tela sensível ao toque que permite aos clientes a solicitação de mais itens, que a equipe da entrega em um armário seguro de dois lados “em poucos minutos”, segundo ela.
“É como um armário mágico com uma seleção aparentemente interminável”, afirmou Vasen.
As telas sensíveis ao toque também sugerem itens para os consumidores. A Amazon manterá um registro de todas as mercadorias que um cliente digitaliza para que seus algoritmos personalizem as recomendações de roupas. Os compradores também podem preencher uma pesquisa sobre seu estilo de se vestir. Assim, quando chegam ao provador, os funcionários já depositam os itens solicitados pelos clientes e também outros que a Amazon sugere.
A nova loja da empresa visa atrair uma ampla gama de clientes com centenas de marcas, disse Vasen, recusando-se a citar exemplos.
A empresa ultrapassou o Walmart como o varejista de roupas mais comprado nos Estados Unidos, de acordo com pesquisa de analistas. Mas ainda tem espaço para expandir e competir com empresas como Macy’s e Nordstrom, que abriram lojas de formato menor.
((Reportagem de Jeffrey Dastin))