18/10/2013 - 8:34
O BTG Pactual deu mais um passo rumo à internacionalização de suas operações, nesta semana. Na segunda-feira 14, o banco, comandado por André Esteves, recebeu autorização das autoridades brasileira e mexicana para abrir uma corretora de valores no México, o que, segundo Mateus Carneiro, sócio do BTG responsável pela América Latina, deve acontecer ?em breve?. ?Vamos oferecer produtos locais para nossos clientes, além de conquistar novos clientes no país?, diz o executivo.
Banco presidido por André Esteves amplia sua atuação na região com a entrada no México
Nos últimos anos, mesmo sem ter presença local, o BTG participou da distribuição de seis emissões de ações no México por meio do escritório de Nova York. ?Com a corretora, sinalizamos para o mercado que acreditamos no país e, com isso, esperamos aumentar ainda mais o número de negócios.? O BTG já é líder em emissões de ações na América Latina, segundo dados da Dealogic.
?A princípio, vamos focar no mercado de capitais e em fusões e aquisições, mas, oportunamente, nos tornaremos gestora de recursos e de riquezas?, afirma Carneiro. Atualmente, o banco possui R$ 186,1 bilhões em fundos sob gestão e administração, além de R$ 64,9 bilhões em ativos sob gestão da área de wealth management.
A abertura do escritório no México acontece quase um ano depois da fusão do banco com a corretora Bolsa y Renta na Colômbia. Na ocasião do anúncio, Roberto Sallouti, diretor de operações do BTG, disse que essa era a última aquisição na América Latina. As operações seguintes, portanto, serão feitas de forma orgânica, como no México.
Tanto na Colômbia quanto no Chile, o grupo tem interesse em ter operações como banco, segundo Sallouti em entrevista à Agência Estado. Assim que aprovada a licença, o BTG poderá ter depósitos domésticos e oferecer custos de captação compatíveis com o mercado local. O BTG entrou no Chile, em fevereiro de 2012, quando adquiriu a corretora Celfin.
?Estamos presentes em várias regiões, mas a América Latina é a principal, e a expectativa é aumentar o peso da região para o banco?, afirma Carneiro. ?Os resultados dessas operações têm superado as nossas expectativas, até por isso a decisão de entrar no México tem uma visão de longo prazo?, diz Carneiro, referindo-se às incertezas econômicas. ?Estamos bastante otimistas.?
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