Em nota, sobre a situação de caixa que veio à tona na tarde da quarta-feira, 18, e foi confirmada na manhã desta quinta-feira, 19, a Americanas informou que, “diante da atitude unilateral dos credores, sua posição de caixa atingiu R$ 800 milhões e parcela significativa deste valor está injustificadamente indisponível para a movimentação da companhia desde ontem”. A empresa diz seguir na busca por uma solução de curto prazo com credores.

Em Fato Relevante na CVM, a companhia confirmou ainda que o BTG Pactual conseguiu decisão na Justiça do Rio de Janeiro para reter recursos da Americanas.

O banco havia entrado com mandado de segurança na terça-feira, 17, para evitar que a tutela de emergência obtida pela varejista na última sexta, 13, o obrigasse a reverter um vencimento antecipado de dívidas que havia declarado um dia antes. “A decisão do Órgão Especial determina, ainda, o bloqueio do valor de cerca de R$ 1,2 bilhões em conta do Banco BTG até a apreciação do Mandado de Segurança”, diz a varejista.

A companhia afirma que vai recorrer da decisão

Diante disso, a empresa diz se ver obrigada a trabalhar com a possibilidade de, “nos próximos dias ou até potencialmente nas próximas horas, aprovar o ajuizamento em caráter de urgência de seu pedido de recuperação judicial”.

“A Americanas é uma varejista centenária, que presta um serviço amplo à população e tem um compromisso social forte de levar produtos acessíveis aos seus 53 milhões de clientes”, complementa a companhia em seu posicionamento.

A empresa afirma que segue na busca por uma solução de curto prazo com credores “para manter seu compromisso como geradora de milhares de empregos diretos e indiretos, amplo impacto social, fonte produtora e de estímulo à atividade econômica, além de ser uma relevante pagadora de tributos.

A Americanas espera que os credores também se comprometam na busca de soluções”, finaliza.