Estima-se que mais de 55 milhões de pessoas em todo o mundo sofram de demência e, de acordo com a Alzheimer’s Disease International, esse número deve quase dobrar a cada 20 anos. Por esse motivo, é importante identificar se você está em risco de demência desde o início, para que a intervenção possa ser fornecida.

Um novo estudo publicado na última terça-feira, 31, na revista JAMA Network Open descobriu que um declínio na velocidade de caminhada ano após ano pode ser um sinal de processamento mental mais lento e pode ser um indicador precoce de que você está em risco de desenvolver demência.

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Para obter suas descobertas, os pesquisadores da Peninsula Clinical School, escola da Monash University, em Victoria, na Austrália, acompanharam um grupo de quase 17.000 adultos, incluindo americanos com mais de 65 anos e australianos com mais de 70 anos por sete anos. Todos os participantes estavam livres de doenças cardiovasculares, demência ou deficiência física e esperavam viver mais de cinco anos.

A velocidade de caminhada dos sujeitos foi medida durante as visitas face a face nos anos zero, dois, quatro e seis, bem como durante a visita de encerramento. Os participantes completaram duas caminhadas de cerca de 10 pés em seu ritmo normal. A média de ambas as caminhadas foi calculada para determinar a marcha média da pessoa, ou padrão de caminhada.

Além de medir a marcha, a função cognitiva de cada sujeito também foi registrada. Os pesquisadores administraram testes aos participantes que mediram seu declínio cognitivo geral, bem como memória, velocidade de processamento e fluência verbal nos anos zero, um, três, cinco e durante a avaliação de encerramento.

Os pesquisadores descobriram que as pessoas com maior risco de demência apresentaram declínio duplo, o que significa que sua velocidade de caminhada e medidas cognitivas pioraram ao longo do estudo. De acordo com a pesquisa, esses resultados mostram a importância da marcha na avaliação do risco de demência e sugerem que um declínio na velocidade de caminhada e na memória pode ser a melhor combinação a ser observada ao avaliar o risco de demência futura.