A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai manter a bandeira verde no próximo mês de novembro para todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional (SIN), que tem cerca de 56% de armazenamento neste fim de outubro, quando se aproxima o fim do período seco.

Com a determinação, não haverá cobrança extra pelo sétimo mês consecutivo na conta de luz, que está sem a taxa desde o fim da bandeira de escassez hídrica, que durou de setembro de 2021 até metade de abril de 2022. Segundo a Aneel, na ocasião a bandeira verde foi escolhida por causa das condições favoráveis de geração de energia.

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Diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa disse que, com a manutenção da bandeira tarifária para novembro, as projeções da agência em junho foram confirmadas. Na ocasião, a Aneel havia dito que, “apesar da elevação dos adicionais, os modelos da Agência indicavam elevada probabilidade de bandeira verde até o fim do ano”. “As projeções se confirmaram e hoje é possível afirmar, com grande segurança, que a bandeira seguirá verde até o fim do ano. Trata-se de excelente notícia”, disse ele.

Caso fossem propostas outas bandeiras tarifárias, a conta de consumo refletiria aumento aprovado no fim de junho pela Aneel de até 64% das bandeiras tarifárias. De acordo com a Aneel, os rejustes refletiram a inflação e o maior custo das usinas termelétricas em 2022, decorrente do encarecimento do petróleo e do gás natural nos últimos meses.

As bandeiras tarifárias foram criadas em 2015 pela Aneel, e refletem os custos da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas residências, nas indústrias e em estabelecimentos comerciais.

Quando há instituição da bandeira verde significa que a conta não terá nenhum acréscimo. Já nas bandeiras vermelha ou amarela, a alta nas contas varia de R$ 2,989, para a amarela, a R$ 9,795, na vermelha patamar 2, isso a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Quando a bandeira de escassez hídrica esteve em vigor, o consumidor pagava R$ 14,20 a mais a cada 100 kWh.

O SIN cobre quase todo o Brasil e é dividido em quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte. A exceção são algumas partes de estados da região Norte e de Mato Grosso, além de todo o estado de Roraima. Atualmente, há 212 localidades isoladas do SIN, nas quais o consumo é baixo e representa menos de 1% da carga total do país.