A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou, nesta sexta-feira, 27, que a bandeira tarifária em outubro sobe para vermelha – patamar 2. Isso significa que a conta de luz terá um acréscimo de R$ 7,877 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

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De acordo com Aneel, entre os fatores que acionaram a bandeira vermelha patamar 2 está o risco hidrológico (GSF).

A bandeira vermelha não era acionada desde agosto de 2021. A bandeira tarifária verde esteve vigente entre abril de 2022 até julho deste ano, quando passou para amarela. Em agosto, subiu para vermelha patamar 1.

O aumento maior da energia elétrica afeta diretamente o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor-Amplo), que mede a inflação oficial do país. O peso da energia elétrica no índice é de quase 4%.

Bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela Aneel em 2015 para indicar, aos consumidores, os custos da geração de energia no Brasil. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.

O que significa cada cor e quanto custa?

  • Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo;
  • Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,01885 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos;
  • Bandeira vermelha – Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,04463 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
  • Bandeira vermelha – Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 0,07877 para cada quilowatt-hora kWh consumido.