A Anfavea, entidade que representa as montadoras, anunciou nesta quinta-feira, 7, projeções ao desempenho do setor em 2024 que apontam a um crescimento de 4,7% da produção. Se confirmado o prognóstico, a indústria produzirá 2,47 milhões de veículos no ano que vem, voltando a crescer após a queda deste ano, porém mantendo-se em nível ainda distante do patamar superior a 2,9 milhões de unidades de antes da pandemia e da crise, já superada, de abastecimento de componentes eletrônicos.

Apesar da tendência de desaceleração econômica, as previsões da Anfavea têm como premissa a queda das taxas de juros de mercado, em conjunto com a perspectiva de melhora da confiança do consumidor.

Durante o anúncio dos números, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, disse que a expectativa para a produção é de uma “pequena melhora” em relação a 2023 e se deve, principalmente, ao crescimento do mercado interno.

Pelos prognósticos da Anfavea, as vendas de veículos no Brasil, entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, devem subir 7% no ano que vem, chegando a 2,45 milhões de unidades. Só as vendas de carros eletrificados – híbridos ou puramente elétricos – devem chegar a 142 mil unidades, por volta de 6% do total, com crescimento de 61% frente ao volume de 2022: 88,8 mil.

Apesar da volta do imposto de importação sobre carros movidos a energia elétrica, a entidade leva em conta na previsão o lançamento durante o ano de carros eletrificados por três montadoras tradicionais do País, além do início da produção local da chinesa GWM em Iracemápolis, no interior de São Paulo. “O ano não vai ser marcado por restrição nesse segmento”, pontuou Leite.

Já em relação às exportações, a Anfavea prevê crescimento mais modesto – de 2%, para 407 mil veículos em 2024 – por conta, sobretudo, da tendência de esfriamento das compras da Argentina com a desvalorização do peso.