O Brasil vendeu 60.981 mil máquinas agrícolas em 2023. O volume representa uma queda de 13,2% em comparação com 2022, quando foram comercializadas 70.262 mil unidades. Os dados foram divulgados hoje, durante coletiva de imprensa on-line, pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

O presidente da associação, Márcio de Lima Leite, disse que a queda está associada ao financiamento, responsável, segundo ele, por 60% da tomada de decisão dos consumidores de comprar uma máquina agrícola, com peso para as taxas e o tempo de pagamento, além da liberação de crédito.

Já o vice-presidente da Anfavea, Alexandre Bernardes, disse que o clima adverso e a queda nos preços das commodities agrícolas contribuíram para a queda nas vendas. Ainda assim, o executivo ressaltou que o ano foi excelente, considerando a série histórica da Anfavea. O ano passado superou 2019, quando o Brasil vendeu 38.728 mil unidades; 2020, com 40.983 mil unidades vendidas; e 2021, com vendas de 58.433 mil unidades.

A queda na venda de tratores de rodas em 2023 foi de 12,4%, com 53.793 mil, em comparação com 61.441 mil unidades em 2022. Já as vendas de colheitadeiras de grãos caiu 18,5%, para 7.188 mil unidades em 2023 ante 8.821 no ano anterior.

Em relação às vendas externas, houve queda de 17,8%, com vendas de 8.759 mil em 2023 em comparação com 10.661 mil em 2022. O Paraguai foi o principal destino das máquinas fabricadas no Brasil no ano passado, com 30% das compras (195 unidades), seguido pelos Estados Unidos, com 15% do mercado (95 unidades), e pela Bolívia, com 9% (55 unidades). O faturamento das exportações no ano passado foi de US$ 640 milhões, disse a Anfavea.